9 December 2008

OS MERCADOS DE NATAL NA EUROPA


Os primeiros vestígios de Mercados de Natal remontam ao séc. XIV na Alemanha e na Alsácia e chamavam-se naquele tempo « Mercado de Santo Nicolau ».
O primeiro documento que relata um Mercado de Natal data de 1434 e afirma que teve lugar em Dresden.
Em Strasburg, o Christkindelmarkt (o mercado do menino Jesus), instalado desde 1570 no coração da villa de Strasbourg, substituiu o mercado de São Nicolau.
Os Mercados de Natal são organizados por cada município, normalmente em grandes praças e começam 4 semanas antes do Natal no período do Advento, e duram até ao fim de Dezembro.
A sensação que temos quando visitamos um destes Mercados é que estamos dentro de um cartão de Boas Festas animado.
O ambiente é mágico, com as barraquinhas de madeira, algumas cobertas de neve, profusamente decoradas com enfeites de Natal e há uma mistura de cheiros no ar, a castanhas, canela, vinho quente e doces.
Qualquer pessoa que se passeie pela Europa nesta época, ficará apaixonada por estes pequenos oásis de luz, aromas e sons.
E é isso que lhes confere a magia e a sensação de que estamos noutra época. Assim, não se assuste se encontrar num destes mercados, um porco sendo assado num espeto de madeira ou pessoas que usam roupas longas, sapatos de couro de ovelha e chapéus esquisitos. A resposta para tanta esquisitice é uma só: está num mercado de Natal medieval.
Iluminados por fogueiras acesas no chão em vez do uso da moderna lâmpada, o cheiro de madeira queimada domina o local. As velas acesas em quase todas as barracas completam o cenário.
Mergulhados na Idade Média (apesar de a tradição ter surgido tempos depois), as pessoas podem comprar artigos forjados no fogo, como facas e outros utensílios para cozinha.

Os mercados de Natal mais famosos
Embora imagine que todos sejam fantásticos, há uns mais famosos que outros.
Eu só conheço dois, o de Bruxelas e o de Montreux, mas aqui vos deixo a descrição e fotografias dos mais famosos.
Assim, na Bélgica, não percam Les Plaisirs d’Hiver à Bruxelles .
Este mercado conta com mais de 220 barracas montadas no centro histórico da cidade, entre a Bolsa, a Place Saint Cathrine e o Mercado do Peixe.
Em França, os mais famosos são os mais antigos, localizados na Alsácia. Se puderem, não percam o Christkindlesmärik! Com 500 anos de antiguidade, este mercado realiza-se no centro histórico de Estrasburgo.
Para um ambiente alpino, visitem Montreux, Suíça, nas margens do Lago Leman, numa paisagem de conto de fadas. Com 120 chalés enfeitados com cores de Natal, é considerado o mercado mais belo da Suíça.
Na Áustria, é em Viena onde se celebra desde o século XIII o famoso Christkinlmarkt na Praça da Prefeitura. O natal austríaco é uma mescla estonteante de madeira, neve, aroma a ponche e o som da valsa.
A Dinamarca é outra opção excelente! Cada ano nos Jardines Tivoli, em Copenhague, para além das atracções habituais, poderão entrar no mundo das tradições natalinas escandinavas.
Se forem à Suécia, apenas a 30 quilómetros de Estocolmo, podem fazer as suas compras de Natal num ambiente natural maravilhoso no Julmarknade (mercado de Natal) em Sigtuna, a cidade mais antiga da Suécia. As barracas que se encontram nas ruas do velho centro medieval vendem alimentos tradicionais suecos (doces, salsichas defumadas, carne de rena, vinho quente) para além de presentes artesanais.
E claro, não se pode perder o que fica mais perto do lar do Pai Natal, na Finlândia, sob um belo manto de neve em Helsinkia.
Embora vos deixe algumas fotografias destes maravilhosos mercados, nada como ver ao vivo e em tempo real vários mercados de Natal na Europa.

http://www.2travelandeat.com/webcams.de.noel.cameras.de.noel.en.europe.html

Sobretudo não percam a ida à Finlândia.
Porque aí têm tudo: até a casa do Pai Natal.
Acho que a Beatriz, a Bi, a Mafalda e o Vasco vão adorar.
Enjoy!

19 nhận xét :

salvoconduto said...

Vou já marcar a viagem que ainda não comecei as compras de Natal...

Patti said...

Oh rapariga que tu estás feita numa verdadeira repórter!
Olha que se calhar descobriste alguma veia de investigadora.
Explora isso que o saber não ocupa lugar.

Adorei saber destes mercados todos, ou não fosse eu a mulher das feiras, não é?

pedro oliveira said...

Ontem, depopis de passar pelo centro da cidade de Leiria à noite no regresso a casa de uns dias fora, comentei com a minha Xana, o facto do centro da cidade não ter a vida que vemos nas cidades da europa no norte nesta época:Helsinquia,Viena, Copenhaga, são cidades fantásticas, mas Viena bate todas. que saudades da minha caneca com o ponche quente e os porquinhos da sorte!...

Po
vilaforte

Filoxera said...

Ok: O Vasco e a Mafalda irão, sem falta, um dia em que as condições se proporcionarem, pois é um dos meus sonhos.
Por enquanto, só se me saísse o Euromilhões...
Beijos.

Si said...

São bonitos, são lindos de morrer, sim senhor!
Mas não trocava esse Natal pelo nosso, cá no cantinho, à beira mar plantado....
Beijinhos

1/4 de Fada said...

Mas o que tu havias de trazer aqui! Um dos melhores Natais que passei incluiu um passeio a Estrasburgo onde me perdi num destes mercados... é mesmo como descreves - o cheiro, as cores, as salsichas, que são das maos variadas que podemos imaginar, o vinho maravilhoso porque é docinho :), os enfeites lindos de morrer!
Já agora, a Srª D. Bluevelvet gosta de cookies de gengibre?

P.S. A Bi vai adorar de certeza, mas hoje não pode dizer nada porque não está em casa, a vadia!

BlueVelvet said...

Salvo,
boa. Vai sim.
Sei que estás a brincar, mas ias adorar.
Abreijinhos

BlueVelvet said...

Patti,
eu sabia que tu ias gostar.
Destas então, passavas-te! Os cheiros, as luzes.
É tudo uma beleza.

BlueVelvet said...

Pedro,
que bom que conhece. Os porquinhos da sorte são o máximo.
Beijinhos natalícios

BlueVelvet said...

Filoxera,
mas era para mostrares aqui. No blog.
Não para os levares agora:)
Beijinhos natalícios, amiga

BlueVelvet said...

Si,
mas os Mercados são para visitar e fazer as comprinhas de Natal.
Depois passamos o Natal na nossa casinha.
Beijinhos natalícios de mim para Si

BlueVelvet said...

SrªD. Fada,
ah, a senhora conhece...Claro que adoro os bolinhos de gengibre:)))
Beijinhos natalícios, amiga

ANTONIO SARAMAGO said...

És mesmo uma grande Apaixonada da quadra NATALICIA, só espero que seja mais um de enorme alegria para ti.

sagitario said...

velvet,
no meu post à Florbela, tinha uma imagem que fui buscar oo seu blog, por isso também fez parte da homenagem.

Nenúfar Cor-de-Rosa said...

E eu que há tanto tempo que não vinha aqui, sou brindada à entrada por um cabeçalho MAGNÍFICO!! Lindo! E este post deixou-me assim uma vontade imensa de visitar estes mercados quais postais de Natal! Voei com a leitura das tuas letras e senti-me com o espírito Natalício aqui no teu cantinho mágico...obrigada e beijinhos.

BC said...

Achei maravilhoso o teu texto com todas essas explicações e o slide com as imagens dos mercados, de facto há coisas maravilhosas que devem ser apreciadas, pena não nos podermos deslocar sempre que queremos.
Jinhos natalícios
Isabel

mundo azul said...

Deve ser mesmo maravilhoso!

O Natal guarda em nossos corações alguma coisa mágica...


Beijos de luz e o meu carinho!!!

vovó said...

ai velvel! fazes-me crescer água nos olhos, na boca... :)!...
são mais que belos estes mercados de Natal!...
obrigada por reportagem tão linda e completa!
beijocassss
vovó Maria

tenho aparecido pouco, porque ando num fervilho de trabalhos...

Unknown said...

Eheh,
Já li este teu post algumas cinco vezes, Sabes (ou melhor, não sabes) mas eu sou dislexo, de forma que tenho o dobro, triplo, quadruplo, etc. do trabalho das pessoas normais a ler, por vezes leio coisas, ou julgo que leio, em textos, que não existem, outras, transformo o que está escrito naquilo que porventura eu gostaria que lá estivesse escrito, ou chego mesmo a inibir o que devia ler (uma chatice). A princípio, nos tempos do liceu, julgava que tinha um raciocínio de antecipação (coisa de rico), alguns professores acharam-me com uma visão, pelo menos a alguns níveis, prodigiosa (outra coisa de rico), depois, na realidade o que eu tinha, era mesmo uma das inúmeras formas de dislexia, (coisa de pobre portanto).
Tudo isto não me afectou minimamente (a não ser no trabalho que por vezes tenho em ler), mas enquadrou-me na real dimensão de fazer o devido esforço para ver as coisas pelas perspectivas que elas realmente têm. Neste caso, com receio de me ter escapado alguma sub-reptícia referência, por efeitos da minha ‘pobre limitação’, que me tivesse a toldar uma correcta interpretação da tua brilhante investigação, larguei-me a ler o post (como já te disse), repetidas vezes, e em alturas diferentes. (a última foi mesmo agora)
Os resultados são desastrosos. (tenho a impressão que já te disse que comento da mesma forma que sonho, sob a forma de imagens e sensações), desta feita, a primeira imagem que me surgiu foi a de Paula Bobone que aqui há uns anos atrás foi convidada para um programa de televisão a fim de, baseado no seu extremo bom gosto e saber, compor, em directo, uma mesa tipicamente portuguesa para a noite da consoada. A Paula, sempre naquele ar irreverente e sapiente que mostra, decidiu compor não uma, mas sim duas mesas, uma, para bolsas mais abastadas, e uma outra, que supostamente se enquadraria na realidade financeira do português médio. Só para abreviar, o centro de mesa que ornava a mesa do português médio, tinha o valor do salário mínimo português.
A segunda imagem é de uma profunda frustração. Conheço a maior parte dos locais que referes (pelo menos os países), nunca lá estive no natal, sempre no verão, vá lá, umas vezes na primavera ou Outono, nunca no inverno.
Pus-me a pensar nisto tudo e confesso, o meu lado pobre deixa-me frustrado, depois revela-se em mim um outro lado mais sofisticado e até me sinto outro, rasgo um largo sorriso e a imaginação transporta-me por essa Europa fora (para aquelas imagens já conhecidas das capitais por onde passei) (imagino ainda mais um bocadinho para lhes colocar uma nevezinha, uns cascolinhos nos transeuntes) rasgo ainda mais o sorriso, mas depois vem-me à memória o centro de mesa da Paula Bobone e fico frustrado (novamente)
A culpa é da dislexia, esta mal-formação tipicamente pobre que persegue e condiciona..
Concluo:
Nunca passarei, por iniciativa própria, um natal numa capital europeia.

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:)

beijocas