Volta e meia, em conversas de amigos ou em questionários de revistas, vem à baila a questão das fantasias que temos. Claro que quando falam em fantasias está implícito que são sexuais, e já agora, quanto mais escabrosas, melhor.
Mas isto de ser sexual depende muito da imaginação de cada um. Hoje em dia tudo é sexual. Até a àgua do Luso, a julgar pela publicidade que lhe fazem na televisão.
O facto é que adoro os filmes do Tarantino, e curiosamente, do que gosto sempre mais é da banda sonora.
Há muitos anos, desde que vi pela 1ª vez o Pulp Fiction, ( e digo a 1ª vez, porque já vi tantas, que há diálogos que sei de cor), que me imagino a dançar a cena que mais gosto do filme. ( A do clip).
De preferência com um casaco de vison comprido vestido, sem nada por baixo.( Nada demais, como vêem).
Calculo que estejam a pensar:- A Bluevelvet endoidou.
Mas olhem que não.
Normalmente quando vou a Nova Iorque no Inverno aproveito sempre para ir uns dias para a neve.
Por isso, para não ter que andar para trás e para a frente com o equipamento, optei por deixar um em casa do meu filho.
A última vez que lá estive e que quisemos ir fazer ski, fui ao armário onde as coisas costumam estar guardadas e não encontrei nada a não ser as botas. Estranhando o facto, ele informou-me com ar comprometido que as tinha emprestado a uma amiga. Confesso que não fiquei nada satisfeita mas lá o acompanhei a casa da tal amiga para ir buscar as coisas. Foi com surpresa que vi que nos dirigimos a Park Avenue, uma das mais chics e bonitas avenidas de Nova Iorque. É conhecida, entre outras coisas, pelos seus maravilhosos canteiros de begónias, e no Natal pelos enfeites.
Entrámos num prédio lindíssimo com um porteiro fardado a quem o meu filho disse para que andar queria ir e o nome.
Depois de nos anunciar fomos autorizados a subir.
Quando chegámos ao 28ºandar o elevador parou e da porta entreaberta do único apartamento do piso, ouviu-se uma voz feminina que disse:
- Come on in. It's open.
Entrámos e nem vale a pena descrever o interior. Digamos que era fabulástico.
Uma chinesa pequenina, linda e muito elegante num fato de treino e meias grossas até aos joelhos e sem sapatos, dirigiu-se-nos e cumprimentou-nos com 2 beijos sonoros.
O meu filho respondeu-lhe:
-Hi, Lucy, e ela conduziu-nos a uma saleta decorada à inglesa, onde se encontrava um senhor a beber champagne e comer umas mini sandwiches de salmão, que ela nos apresentou:
- This is my friend Quentin.
Sentámo-nos, ela disse-nos para os acompanharmos no lanche e às tantas estavamos todos à conversa como se nos conhecessemos há muito tempo.
Expliquei que era portuguesa, que adorava Nova Iorque, porquê que ia lá tantas vezes, falei de Lisboa e o amigo da Lucy que me era estranhamente familiar, disse-me que já tinha pensado fazer um filme em Lisboa.
Fiquei de orelha em pé mas não disse nada.
Só que a certa altura ele passou à Lucy um calhamaço de folhas e disse-lhe:
-Bom, lê o enredo e depois diz-me o que pensas.
Aí, achei aquilo estranho demais e baixinho perguntei ao meu filho quem era o homem.
-Ó mãe, é o Tarantino!!!
Pois. Quentin Tarantino.
Claro. Normalíssimo. Eu tinha ido buscar as minhas ricas calças, blusão, luvas e demais equipamento de ski, e tinha acabado a lanchar com o Quentin Tarantino.
Desatei a rir que nem uma perdida. Claro que eu sabia que devia fazer um ar blasée, claro que quando estou aborrecida tomo chá com os melhores realizadores de cinema do mundo, mas que querem? Deu-me para rir.
Quando recuperei a compostura tive que justificar o meu espanto, sendo que a chinesinha se virou para o meu filho e lhe perguntou:
- Quer dizer que também não disséste à tua mãe quem eu sou.
- Não, só lhe disse que eras uma amiga.
Mas isto de ser sexual depende muito da imaginação de cada um. Hoje em dia tudo é sexual. Até a àgua do Luso, a julgar pela publicidade que lhe fazem na televisão.
O facto é que adoro os filmes do Tarantino, e curiosamente, do que gosto sempre mais é da banda sonora.
Há muitos anos, desde que vi pela 1ª vez o Pulp Fiction, ( e digo a 1ª vez, porque já vi tantas, que há diálogos que sei de cor), que me imagino a dançar a cena que mais gosto do filme. ( A do clip).
De preferência com um casaco de vison comprido vestido, sem nada por baixo.( Nada demais, como vêem).
Calculo que estejam a pensar:- A Bluevelvet endoidou.
Mas olhem que não.
Normalmente quando vou a Nova Iorque no Inverno aproveito sempre para ir uns dias para a neve.
Por isso, para não ter que andar para trás e para a frente com o equipamento, optei por deixar um em casa do meu filho.
A última vez que lá estive e que quisemos ir fazer ski, fui ao armário onde as coisas costumam estar guardadas e não encontrei nada a não ser as botas. Estranhando o facto, ele informou-me com ar comprometido que as tinha emprestado a uma amiga. Confesso que não fiquei nada satisfeita mas lá o acompanhei a casa da tal amiga para ir buscar as coisas. Foi com surpresa que vi que nos dirigimos a Park Avenue, uma das mais chics e bonitas avenidas de Nova Iorque. É conhecida, entre outras coisas, pelos seus maravilhosos canteiros de begónias, e no Natal pelos enfeites.
Entrámos num prédio lindíssimo com um porteiro fardado a quem o meu filho disse para que andar queria ir e o nome.
Depois de nos anunciar fomos autorizados a subir.
Quando chegámos ao 28ºandar o elevador parou e da porta entreaberta do único apartamento do piso, ouviu-se uma voz feminina que disse:
- Come on in. It's open.
Entrámos e nem vale a pena descrever o interior. Digamos que era fabulástico.
Uma chinesa pequenina, linda e muito elegante num fato de treino e meias grossas até aos joelhos e sem sapatos, dirigiu-se-nos e cumprimentou-nos com 2 beijos sonoros.
O meu filho respondeu-lhe:
-Hi, Lucy, e ela conduziu-nos a uma saleta decorada à inglesa, onde se encontrava um senhor a beber champagne e comer umas mini sandwiches de salmão, que ela nos apresentou:
- This is my friend Quentin.
Sentámo-nos, ela disse-nos para os acompanharmos no lanche e às tantas estavamos todos à conversa como se nos conhecessemos há muito tempo.
Expliquei que era portuguesa, que adorava Nova Iorque, porquê que ia lá tantas vezes, falei de Lisboa e o amigo da Lucy que me era estranhamente familiar, disse-me que já tinha pensado fazer um filme em Lisboa.
Fiquei de orelha em pé mas não disse nada.
Só que a certa altura ele passou à Lucy um calhamaço de folhas e disse-lhe:
-Bom, lê o enredo e depois diz-me o que pensas.
Aí, achei aquilo estranho demais e baixinho perguntei ao meu filho quem era o homem.
-Ó mãe, é o Tarantino!!!
Pois. Quentin Tarantino.
Claro. Normalíssimo. Eu tinha ido buscar as minhas ricas calças, blusão, luvas e demais equipamento de ski, e tinha acabado a lanchar com o Quentin Tarantino.
Desatei a rir que nem uma perdida. Claro que eu sabia que devia fazer um ar blasée, claro que quando estou aborrecida tomo chá com os melhores realizadores de cinema do mundo, mas que querem? Deu-me para rir.
Quando recuperei a compostura tive que justificar o meu espanto, sendo que a chinesinha se virou para o meu filho e lhe perguntou:
- Quer dizer que também não disséste à tua mãe quem eu sou.
- Não, só lhe disse que eras uma amiga.
Foi a vez de ela se rir, e de dizer o nome dela: Lucy Liu, a chinesa de Kill Bill.
Àquela altura dos acontecimentos, se me entrasse o Richard Gere pela sala dentro já não me admiraria. Mas não tive essa sorte...
Palavra puxa palavra, lá contei ao Tarantino da minha fantasia com a tal cena do Pulp Fiction.
Ele desatou a gargalhar e disse-me que tinha muita pena mas não tinha ali nenhum casaco de vison nem seria próprio pôr-me nua à frente do meu filho, mas que quanto à cena, era fácil: era só pôr o disco a tocar.
Assim, sem mais nem menos, de repente o meu filho fazia par com a Lucy Liu e eu com o Tarantino e dançávamos como uns maluquinhos a cena que podem ver acima.
Acabámos a deitar a língua de fora esparramados em cima dos sofás.
Parece que ele simpatizou connosco e convidou-nos para irmos todos jantar ao Tao.
Eu já lá tinha ido e sabia que seria um jantar memorável. O que não podia adivinhar é que a seguir iríamos beber um copo a um bar onde só se entra com uma senha especial. Mas isso fica para outro dia.
Agora digam-me lá se isto me podia acontecer em Lisboa?
Àquela altura dos acontecimentos, se me entrasse o Richard Gere pela sala dentro já não me admiraria. Mas não tive essa sorte...
Palavra puxa palavra, lá contei ao Tarantino da minha fantasia com a tal cena do Pulp Fiction.
Ele desatou a gargalhar e disse-me que tinha muita pena mas não tinha ali nenhum casaco de vison nem seria próprio pôr-me nua à frente do meu filho, mas que quanto à cena, era fácil: era só pôr o disco a tocar.
Assim, sem mais nem menos, de repente o meu filho fazia par com a Lucy Liu e eu com o Tarantino e dançávamos como uns maluquinhos a cena que podem ver acima.
Acabámos a deitar a língua de fora esparramados em cima dos sofás.
Parece que ele simpatizou connosco e convidou-nos para irmos todos jantar ao Tao.
Eu já lá tinha ido e sabia que seria um jantar memorável. O que não podia adivinhar é que a seguir iríamos beber um copo a um bar onde só se entra com uma senha especial. Mas isso fica para outro dia.
Agora digam-me lá se isto me podia acontecer em Lisboa?
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22 nhận xét :
Olá Veludinho!
A estas horas da noite, só posso dizer como os nossos amigos brasileiros: NOSSA! NOSSA! NOSSA!
Aqui dizem na brincadeira, que quando chegar a New Yorque me vou encontrar com o Woody Allen numa livraria. Depois de ler esta história... quem sabe?
Boa noite!
Não é só a ti que acontecem coisas! Ora vê lá, pus-me a ver o vídeo e disse para comigo, que raio como é que eles estão a dançar esta m****, só depois é que dei conta que a tua música na faixa da esquerda do blogue arranca automáticamente...
E mais te digo, com o Tarantino nunca andei na farra, mas com o Arménio, o trolha da Areosa da música do Rui Veloso, já andei uma data de vezes...pelo menos é assim que um bacano aqui na "Regional
da Areosa" gosta de ser chamado. Eu agora até tomo cuidado de sempre que ali vou comprar o presunto e o salpicão ver primeiro se ele lá está, é que já não tenho pedalada para ele...
Abreijo
Ematejoca,
não vás sem resposta que quando vieres ler o próximo Nova Iorque, Meu Amor, logo encontrarás o Woody:)
Beijokas
Salvo,
tu não me digas que ainda não tinhas descoberto que havia uma música do lado esquerdo que dá para parar!!!!
Tou feita contigo, home!
Abreijinhos
Que cena Velvet ;)
E é tão boa que consegui ver cada bocadinho dela como se tivesse estado lá contigo. Que sorte a tua!!! E como é que o teu filho tem esses conhecimentos "upa upa"?
Beijocas Linda!!!
Bom fim de semana
Vekiki,
pois nada demais. É amigo de ginásio do cunhado da Lucy Liu...Fácil, viste?
Beijokas e bom fim-de-semana
nuvens e sonoooooooo ai seilÁ... CINZA... algodão doce... chumbo ... sono e sonho....
beijinhos das nuvens
Ehhh, lá!!
Tarantino??
Lucy Liu??
A dançar na penthouse da mocinha??
Pronto!
'Tá tudo explicadíssimo!
Com amizades dessas até eu gostava de ir viver para Nova Iorque..pudera!!
E a sua sorte foi ter sido convidada, porque senão já lhe ia pedir os comprovativos de despesas desse champanhe e sanduíches de salmão, que ainda estou à espera de acertar a enoooorme conta pendente que ficou do aniversário da sua comadre PresidentA....
OHHH BlueVelvet..........
Está visto que Portugal não é o "seu" país....
Já podias ter dito!!!
E não precisam de alguém em Hollywood para assistente de produção, ou de direcção?
Dava jeito...
Beijos.
Ó mulher que tu és uma mulher e pêras. Tens ate amigos em "Rrrroliudi" hehehehe .
beijos tardios, Blue. Dormes?
porque não propões essa tua história ao Tarantino?... talvez dê um filme :)... sei lá... não é bem o género, pois não :)?...
beijocassss
Fa
então vai nanar e volta amanhã:)
Bom soninho...nas nuvens
Si,
e eu lá tinha dinheiro para acompanhar aquilo.
Sim, que eu não tenho saco azul como umas e outras:)
Beijinhos de mim para Si
CNarciso,
pois nãoooooo. Mas é por outras razões.
Veludinhos azuis
Filoxera,
hehe. Hollywood? Em sonhos, talvez.
Beijokas
Pitangaaaaaaaaaaa,
que bom ver-te por aqui outra vez.
Espera que vou buscar a máquina de filmar.
Take one: Pitanga is back!
Beijinhos
VóVó,
eu não que o tipo ainda me punha a matar pessoas e eu sou muitoooo boazinha:)
Beijokas
Blue, essa chinesa é linda, viu?Ela fez as Panteras com o brasileiro Santoro, nao?
Beijos e a vida é feita disso mesmo: SURPRESAS QUE NOS FAZEM BEM.ÖVAI PAR ANOVA YORK E CURTA MUITO. A VIDA MERECE SER VIVIDA DESSA FORMA.SIMPLESMETNE INTENSA
Veludinho,
Sim, poderia acontecer em Lisboa, os protagonistas é que poderiam ser diferentes!... loool
Tretices azulinhas para ti.
E eu ainda consigo ficar de boca aberta com esta estória, depois de ler tantas...
:))))
Tu não existes, BV!!!!
Beijo azul
Ai se a inveja matasse! Eu estava aqui caídinha, redondinha no meio do chão, mas não porque não quisesse que te acontecesse a ti, não, só mesmo porque raio é essas coisas nunca me acontecem a mim??? Ah, já sei, porque NUNCA fui a NY, damm!BJS
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