As pessoas pensam que conhecem as outras. Mas, na verdade, o que elas fazem, a toda a hora, é julgá-las. Ainda que inconscientemente. O facto é que estamos 24 horas sob julgamento alheio. Seja dos nossos amigos, dos nossos colegas de trabalho, dos nossos amores, da nossa família, da vendedora da mercearia do lado. As pessoas julgam-nos o tempo todo. Julgam pela marca da roupa que nós vestimos. Pelo carro que a gente conduz. Pelo tom de voz com que atendemos o telefone. Pelo modelo de telemóvel que usamos. Pela mala. Pela empresa onde trabalhamos. Pelo cargo que ocupamos. Pelo nosso corpo. Pela cor da nossa pele. Pelo nosso sexo. Pela nossa idade. E por uma outra infinidade de coisas que não significam nada no final das contas.
Conheço muita gente que anda de carro do ano (pago em sei lá quantas milhares de prestações) e mal tem dinheiro para pagar as contas no final do mês. Conheço gente que ganha o salário mínimo e usa calças Rocco Baroco. Conheço gente que tem o telemóvel mais caro do mercado e não tem dinheiro para pagar a conta.
Conheço gente que fala docemente e é sacana. Gente que fala alto e é um doce.
Gente nova que já viveu para vida inteira. Gente velha que ainda tem muito o que viver. Conheço mulheres que trabalham mais do que qualquer homem. E homens que têm medo de baratas no chão da cozinha. (conheço inclusive homens que têm medo de tudo, mas isso é uma outra história).
Não venham dizer-me se eu devo trabalhar mais ou trabalhar menos. Gastar mais ou gastar menos. Beber mais ou beber menos. Sair mais ou sair menos. Comer mais ou comer menos. Comer carne ou não. Comer comida japonesa ou não. Não me julguem pelo que eu faço, pelos lugares que eu frequento ou pelas pessoas com quem eu me relaciono.
Estou cansada de ser rotulada! Quem as pessoas pensam que são para definir quem são ou como são os outros?!?
Eu não sou um produto de prateleira de supermercado para que alguém venha e coloque um rótulo dizendo os meus ingredientes ou o modo de usar...
Eu não sou um objecto, nem tão pouco um produto que pode ser comercializado e tão pouco tenho manual de instruções.
Não sou como as pessoas pensam nem mesmo como elas me vêem.
Sou um ser humano e tenho sentimentos, tenho direito de mudar, de ousar, de sorrir, de chorar, de me doer com palavras, de falar baixo segredando e também tenho direito de gritar!
Portanto, vamos viver mais e julgar menos. Viver mais a nossa vida e preocuparmo-nos menos com a dos outros. Vamos parar de colocar rótulos em tudo. De comprar o produto pela embalagem. De achar que sabemos de antemão quem são as pessoas com quem lidamos.
Nunca sabemos.
Nem nunca saberemos.
Conheço muita gente que anda de carro do ano (pago em sei lá quantas milhares de prestações) e mal tem dinheiro para pagar as contas no final do mês. Conheço gente que ganha o salário mínimo e usa calças Rocco Baroco. Conheço gente que tem o telemóvel mais caro do mercado e não tem dinheiro para pagar a conta.
Conheço gente que fala docemente e é sacana. Gente que fala alto e é um doce.
Gente nova que já viveu para vida inteira. Gente velha que ainda tem muito o que viver. Conheço mulheres que trabalham mais do que qualquer homem. E homens que têm medo de baratas no chão da cozinha. (conheço inclusive homens que têm medo de tudo, mas isso é uma outra história).
Não venham dizer-me se eu devo trabalhar mais ou trabalhar menos. Gastar mais ou gastar menos. Beber mais ou beber menos. Sair mais ou sair menos. Comer mais ou comer menos. Comer carne ou não. Comer comida japonesa ou não. Não me julguem pelo que eu faço, pelos lugares que eu frequento ou pelas pessoas com quem eu me relaciono.
Estou cansada de ser rotulada! Quem as pessoas pensam que são para definir quem são ou como são os outros?!?
Eu não sou um produto de prateleira de supermercado para que alguém venha e coloque um rótulo dizendo os meus ingredientes ou o modo de usar...
Eu não sou um objecto, nem tão pouco um produto que pode ser comercializado e tão pouco tenho manual de instruções.
Não sou como as pessoas pensam nem mesmo como elas me vêem.
Sou um ser humano e tenho sentimentos, tenho direito de mudar, de ousar, de sorrir, de chorar, de me doer com palavras, de falar baixo segredando e também tenho direito de gritar!
Portanto, vamos viver mais e julgar menos. Viver mais a nossa vida e preocuparmo-nos menos com a dos outros. Vamos parar de colocar rótulos em tudo. De comprar o produto pela embalagem. De achar que sabemos de antemão quem são as pessoas com quem lidamos.
Nunca sabemos.
Nem nunca saberemos.
19 nhận xét :
"Portanto, vamos viver mais e julgar menos. Viver mais a nossa vida e preocuparmo-nos menos com a dos outros. Vamos parar de colocar rótulos em tudo. De comprar o produto pela embalagem. De achar que sabemos de antemão quem são as pessoas com quem lidamos.
Nunca sabemos.
Nem nunca saberemos"
As minhas desculpas pelo plágio.
Com a minha dificuldade de pôr em palavras os meus sentires não resisti a "registar" esta visão tão lúcida de como devemos ser e actuar.
OBRIDADO BLUE VELVET
UM BEIJINHO
Teresa A.
Minha querida nao podia estar mais de acordo contigo, infelizmente vivemos num Mundo de aparencias onde o que conta e parecer em vez de ser. Nunca consegui ser assim, se tenho e porque posso nunca me endividei com absolutamente nada a nao ser o apartamento. Quem gostar de mim sera por aquilo que eu sou na essencia e nao pelo o que eu poderei mostrar que sou.
Beijo daqui ate ai :)
...'nunca sabemos nem nunca saberemos' Cheguei a essa conclusão há pouco tempo! pois...
Como eu gostaria de ter escrito este texto...
bjs e bom fds, a imperial estava altamente....
Sabes que quem mais rotula, são as mulheres.
O que não deixa de ser muito contraditório, pois assim, somos vítimas do mesmo julgamento que fazemos.
Julgo que tens razão...
Beijocas!
E, sobretudo, vamos olhar mais para dentro de nós, já que em geral não temos coragem de nos ver ao espelho.
É das coisas que me incomodam mais é julgar os outros, e se vir que o fiz por alguma razão, tenho a coragem de pedir desculpa___________muita gente não o faz e isso é muito mau.__________
Quanto ao conhecer as pessoas de verdade por vezes levamos uma vida inteira e nunca as conhecemos bem!
Mas, CÃO QUE LADRA NÃO MORDE,ditados populares são sempre verdadeiros, confio muito neles, e já o povo dizia....
Beijinhos
Isabel
O que eu gostava que todos pensassem como tu, estou cansada de ser julgada!
Isso hoje está um bocadinho para o amargo, não é? Mas sabe tão bem às vezes soltar um grito bem alto...
Os ovinhos/coelhinhos cor-de-rosa são também teus. Volto depois do filme para comentar.
Até logo, Veludinho!
Venho tarde e a más horas mas não é para te julgar.
Abreijos.
Ah! e como sabem ser maldosos esses julgamentos...acho que deixei de ligar a isso, eu sou mais eu, e tenho dito...
Estimada Amiga:
Um brilhante e fabuloso texto de crítica apurada social.
Estou descansadíssimo, neste aspecto: Falo de mim e enalteço os outros.
Beijinhos
Parabéns pelo texto repleto de seriedade e verdade.
Com simpatia imensa pela visita que agradeço
p.p./Pena
Ah, não temo baratas, sabe? rsrs
Quem mais julga os outros mais teme o seu julagmento, não te parece?
Vivamos cada um a sua.
Beijos, e um xi especial.
Tens toda a razão minha querida...beijos e bom domingo...
O comportamento social é um jogo de interpretações do comportamento dos outros. Umas vezes conseguimos fazer uma análise correcta, outras não. Há quem tenha a humildade de reconhecer que errou, há quem não tenha. Mas isso não deixa de ser indiferente, relativamente àquilo que somos realmente. E se nos sentirmos bem connosco mesmos, é só isso que importa.
Estamos sempre sob análise e escrutínio :S
Ora, Velvet, não esquenta! Use uma destas duas frases, "Quem, eu me preocupar?", de Alfred Newman, aquele personagem da Revista Mad; ou, "os cães ladram e a caravana passa", antigo provérbio árabe.
Um beijo!
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