27 September 2009

INDECISÕES REFLEXIVAS


Há muito tempo que tomei a decisão de não votar, excepto em referendos.
Claro que ouvi os maiores impropérios ( delicados) da minha mãe, que chorava o dinheiro gasto com a minha educação, que me chamava ignorante, que não sabia o que era não poder votar por ser mulher, etc, etc,
Mas mantive-me firme e hirta.
Desta vez vou votar, por raiva. Afinal, todos temos direito à indignação.
O que não entendo e não vou entender nunca é que raio é isso dos "indecisos" e do período de reflexão.
Afinal, se ao fim de 4 anos e meio ainda estão indecisos quanto às poucas vergonhas, despautérios, roubalheiras, corrupção que vivemos, que me perdoem, mas são burros.
Que me perdoem os burros, claro.
O problema é que à custa dessa burrice levamos todos por tabela.
Quanto à reflexão, reflecti hoje tanto, que até entrei em Alpha. Não me valeu de nada. Quando desci à terra tinha exactamente os mesmos candidatos em quem votar.
Portanto, a menos que aconteça um milagre, coisa que duvido, palpita-me que dentro em breve teremos novas eleições.
A ver vamos!

9 nhận xét :

Carlos Pires said...

Quem não vota é como se dissesse que não se importa que não haja eleições nem democracia.
Quem discorda de todos os candidatos deve é votar em branco.

cumprimentos

BlueVelvet said...

Carlos,
de facto não me importa se há eleições ou não, quando já sei que vai ficar tudo na mesma.
Quanto ao voto em branco, já estive demasiado ligada à política para lhe dizer que NUNCA se deve votar em branco. Nulo, sim, branco nunca.
É uma tentação, se é que me entende...

salvoconduto said...

O voto pode fazer a diferença, o problema está em saber utilizá-lo. Pode ser desde um cartão amarelo, vermelho ou até mesmo um tiro no pé...

Eu voto.

Abreijos.

Maria said...

Estou de saída para ir trabalhar... se é que me entendes...

:)
Bom domingo

Carlos Pires said...

BlueVelvet:

Percebo o seu receio. Deixando o voto em branco alguém pode lá pôr a cruzinha por si. É um receio que faz sentido. Na maior parte das mesas de voto é pouco provável que pudesse suceder, pois incluem membros de todos os partidos e são pessoas que muitas vezes não se conhecem ou pelo menos não têm relação próximas. Mas em terras pequenas e em que toda a gente se conhece… Não me surpreenderia que por vezes os vários partidos representados na mesa de voto partilhassem os votos em branco.

Nesse caso o melhor recurso é o voto nulo. A abstenção é que é mesmo má. Experimente dar uma vista de olhos nestes argumentos:
http://duvida-metodica.blogspot.com/2009/09/defesa-do-voto-e-critica-da-abstencao.html

Quanto ao facto de não se importar que haja eleições se é para deixar tudo na mesma, julgo que essa sua atitude se baseia numa ideia errada do que se deve esperar dos políticos.
Se esperar que sejam honestos e façam competentemente algumas reformas é provável que haja um candidato que lhe agrade mais que os outros e que isso justifique o voto – por muito crítica que seja da maioria dos políticos.
Se esperar que façam uma revolução e que mudem a sociedade de alto a baixo, acabando com todas as injustiças e resolvendo todos os problemas é inevitável que fique decepcionada.
Isso é algo impossível de fazer. Não por incompetência, mediocridade ou corrupção dos políticos (embora seja verdade que há muitos incompetentes, medíocres e corruptos), mas porque é incompatível com a natureza humana.
As injustiças que existem resultam da maneira de ser dos seres humanos, não foram inventadas por meia dúzia de políticos e capitalistas poderosos – e é por que existem, e sempre existiram, em todas as sociedades.

cumprimentos

marco said...

eu tambem nao votei,, opçao certa para quem ve o fim do mundo muito proximo! lol

Oliver Pickwick said...

Faça como eu, há tempos que voto no "menos ruim". A sua mãe está certa. :)
Um beijo!

O Fio da Meada said...
This comment has been removed by the author.
Maria Clarinda said...

jeje...mais uma vez, toca a minha mão! Iguais!