- Mónica, eu tenho uma amante - foi assim que ele disse.
A seco. Sem mais delongas. O almoço servido, a esfriar na mesa. E o silêncio. Cortava-se à faca.
Depois continuou:
- Estamos juntos há seis meses. Ela é 20 anos mais nova que tu.
Mónica permanecia imóvel. Nenhuma reacção, nenhuma expressão. Nem sequer um gemido. Nada.
Mónica permanecia imóvel. Nenhuma reacção, nenhuma expressão. Nem sequer um gemido. Nada.
Ernesto não sabia o que fazer. Estava preparado para qualquer reacção, mas não para esta indiferença. Esperava gritos, lágrimas, ofensas.
Havia até mudado um vaso de lugar para o caso da mulher resolver agredi-lo.
Ele pigarreou, tentou assobiar alguma coisa. O tempo não passava. Começou a suar frio. Pensou em levantar-se e ir-se embora mas não teve coragem.
Ele pigarreou, tentou assobiar alguma coisa. O tempo não passava. Começou a suar frio. Pensou em levantar-se e ir-se embora mas não teve coragem.
Aos poucos foi perdendo o controle. As idéias embaralhavam-se. Nada fazia sentido.
Desistiu.
Entre lágrimas começou a falar:
Entre lágrimas começou a falar:
- Desculpa Mónica. Eu sou um traste. Perdoa-me, por favor. Ela não representa nada. É uma vadia, uma qualquer. Eu errei, admito. Mas posso mudar. Eu vou mudar. És tu que eu quero. Eu amo-te, Mónica. Mónica, eu amo-te!
Nesse momento ela sorriu. Os anos de sofrimento haviam acabado. O silêncio não era de tristeza, mas de alívio. Mónica sentiu-se redimida, completa.
Nesse momento ela sorriu. Os anos de sofrimento haviam acabado. O silêncio não era de tristeza, mas de alívio. Mónica sentiu-se redimida, completa.
A felicidade era tanta que ela resolveu falar. E como falou.
Falou àcerca de todos os seus amantes. Do porteiro, do professor de francês, do personnel trainer, do melhor amigo dele.
Falou das tardes de terça, das manhãs de quinta e até da rapidinha com o barman, durante a lua de mel.
Disse que o amava, que o perdoava e que compreendia tudo.
Mónica só não entendeu a reacção dele. O porquê dos gritos, dos palavrões. Daquele vaso que ele lhe atirou à cabeça.
Mónica só não entendeu a reacção dele. O porquê dos gritos, dos palavrões. Daquele vaso que ele lhe atirou à cabeça.
Quando o pedido de divórcio chegou pelo correio ela percebeu que a coisa era séria. E pensou alto:
- Como os homens são estranhos...
19 nhận xét :
Os homens são estranhos...
A Mónica andava metida com o barman e com o professor de francês? Por isso aquele hálito quente e aquele mon cheri para aqui, mon cheri para acolá, que gulosa que ela é!
Abreijo.
:)))
Gosto de te saber assim, bem disposta...
Bazuis
eheheh
consegui descomprimir...
grande mónica...eheheh...apesar do divorcio...
que recanto o seu...
duartenovale
Que precipitados.....nunca sabem o que querem. Credo!
Monica! "Bellle de Jour"!!!
Estes homens não percebem nada!
Lindo post! Fantástico! :)))
a vingança serve-se fria....espantoso este texto...
Não são estranhos.
Só não admitem é que sejam eles a sofrer em vez de causarem sofrimento.
Mesmo com toda a alteração de mentalidades, ainda hoje se considera que o homem tem 'necessidades' que podem justificar a sua infidelidade, enquanto que à mulher infiel se aplicam logo os piores epítetos e se faz do homem a vítima: não são, portanto, os homens que são estranhos, é a sociedade que o é, ao aplicar critérios diferentes no julgamento de comportamentos semelhantes.
Estranhos?!?
Então e nós?
Reparem meninas... ELE confessou primeiro!!
Olhem lá a subtileza da discrição dela... Sempre discreta... Ui!
Eu sei que o texto é sério, Blue e peço desculpa por não o conseguir comentar como, eventualmente, desejarias... Mas confesso que me valeu uma sonora gargalhada!! A dita era levadinha da breca!!
eh eh eh eh! :)
Cala-te, ovo... :S
Fui.... (é feio ficar aqui a rir quando o assunto é sério... Já pareço aquelas estúpidas que têm ataques de riso nos velórios e coiso!!)
uma história da vida real,
realmente, ele esteve sempre desatento e ausente, com o seu orgulho macho, tentou sair em beleza do casamento.
Mas aqui apetece dizer "tem marido que é cego"
Muitíssimo estranhos!
Olha a grande... há crianças a ler isto? É que a palavra que me veio à cabeça é assim a modos que forte.
pergunto eu, porque raio havias de escolher logo um gajo parvo para ilustrares essa 'vingança'?
e já agora fiquei um bocadinho confuso, onde diabo está a vingança?
'isso' agora chama-se vingança?
:|
:)
beijocas
Adorei a história, claro que sim, como não podia deixar de ser. Nunca se deve menosprezar as possibilidades da alma feminina...
Mas a qual dos homens dela é que ela se estava a referir????
;o))
Beijocas
Boa história!
O silencio é de ouro. Ela devia ter comido e calado, ou entao fez de propósito para se ver livre dum parvalhao daqueles.
Para mim o mais interessante foi ler os comentários. Os masculinos sempre com uma pontinha de machismo. Um chamou-lhe "Belle de Jour", outro "olha a grande..." e teve medo que criancas lessem esta história!!!
Nao acho os homens estranhos, acho sim, que há muitos homens muito estúpidos.
Saudacoes de Düsseldorf - a cidade vestida de branco!
Ela que não estrahava nenhum...eheheheh.Ganda Mónica.
PO
vilaforte
Palhaços! Acham que a eles lhes é consentido ntudo, desde que contem e venha um perdão redentor? Pois é, amigos: as mulheres são tão cheias de direitos e de deveres como os homens. E tão livres disto e daquilo como eles.
Azar!
;-)))
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