Quem me lê assiduamente sabe que não faço parte daquele grupo de pessoas que acha que o Natal é uma hipocrisia. Que não faço coro com quem vem lembrar as guerras, as crianças que sofrem tantos males no mundo, as injustiças sociais, os desastres de avião e de combóio que tantas vezes acontecem nesta época ou mesmo os da natureza que não olha a datas quando resolve fazer a terra tremer ou as ondas transformarem-se em tsunamis.
Não permito que mesmo os problemas da minha vida me estraguem o Natal. É um pouco como aquela canção brasileira sobre o Carnaval, que são 3 dias para tudo se acabar na quarta-feira de cinzas.
A magia do Natal, os cheiros, as luzes, a família, a saudade dos ausentes não me faz esquecer nada do que referi no início. Mas não me faz esquecer com as luzes do Natal acesas, como não me faz esquecer nas noites sem luz do ano inteiro.
Por uma razão simples: porque durante todo o ano, e durante a época natalícia também, esses problemas não me passam ao lado. Posso não fazer muito para os minimizar, mas faço o que posso. E se não faço mais é porque não tenho poder para isso.
Há no entanto, uma coisa que não consigo esquecer, e que de facto me angustia ainda mais na época do Natal e que quando tenho a confirmação que voltou a acontecer me sufoca e me revolta.
Tanto, que me apetece abanar certas pessoas e perguntar porquê?
Porquê?
Porquê que não vão buscar os familiares internados nos hospitais e a quem é dada alta para irem passar o Natal a casa? Como podem ter a coragem de os deixar vestidos, sentados, à espera...sozinhos. Ali. Abandonados.
Porquê que não vão aos lares onde estão os pais ou tios ou familiares de idade, à espera de alguém da família que os vá buscar para passar o Natal com eles?
Porquê? Como podem?
Esta gente, foi pai, foi mãe, passou noites em claro a velar o sono dos filhos quando estavam doentes, gastou dinheiro que não tinha e inventou, para os educar, para os vestir, deu-lhes amor, carinho, e depois deixam-nos ali, sozinhos, abandonados.
ABANDONADOS!
Em que preciso momento das suas vidas esta gente se tornou um monstro de egoísmo sem sentimentos?
E depois há quem me venha falar nas guerras? Nos inocentes que morrem?
Mas estão à espera de quê se esta gente se comporta assim com a sua própria família?
E eu que não consigo perdoar a quem abandona um animal, fico impressionada com a capacidade que tenho de me superar a cada dia, mais e mais em burrice.
Antes do Natal eu achava que era burra. Hoje vejo que sou uma super burra. Porque às vezes ainda me dá para ter alguma Fé nas pessoas.
E é assim. Dia após dia. Uma estupidez maior que a outra.
Será que é de nascença? Deve ser, pois ao invés de diminuir, ela aumenta a cada dia.
Bom, sem querer ofender os animais, felizmente burro pasta, e se eu seguir a mesma dieta, quem sabe ao menos mantenho a forma.
Burra sim! Porém magérrima e revoltada.
E é assim. Dia após dia. Uma estupidez maior que a outra.
Será que é de nascença? Deve ser, pois ao invés de diminuir, ela aumenta a cada dia.
Bom, sem querer ofender os animais, felizmente burro pasta, e se eu seguir a mesma dieta, quem sabe ao menos mantenho a forma.
Burra sim! Porém magérrima e revoltada.
É que a cada Natal tenho a esperança, que talvez, quem sabe, este Natal seja diferente.
Mas não foi.
Continuaram a ficar nos hospitais e nos lares, os idosos, com família, mas abandonados.
Porquê?
Porquê?
14 nhận xét :
Tudo isso acontece desde que o ser humano deixou, se desabituou de penasar passou essa tarefa para o seu próprio umbigo.
Abreijos.
Pois é minha querida, tivessemos nós uma varinha de condão que permitisse que os que sofrem deixassem de sofrer, não só no Natal, mas durante o ano inteiro.
Percebo perfeitamente a tua adoração pelo Natal, eu também já fui assim, hoje não sou tanto. Mas estás no teu direito, e ninguém tem o direito de te criticar.
Para o ano que vem, quem sabe? talvez eu volte a exultar o espírito Natalício.:)
Beijinhos e, mais uma vez desejo, que tenhas um novo ano repleto de coisas boas, até porque também as mereces.
Olá!
Vim desejar um 2009, mas encontrei tudo “fechado”.
Será por ser Natal e muitos feriados à mistura ;-)
Claro que não!
Privacidade e cumplicidades!
É assim mesmo – são de ouro.
Um 2009 pleno de azul “velvet”.
Abraços e Beijos :-)
Li este texto logo de manhãzinha, quando me levantei, mas só agora pude comentar.
Foi a pensar nestes exemplos e na dor que existe por esse país fora (já para não falar do resto do mundo) que escrevi o meu post de ontem. Porque ainda há exemplos ao contrário, mas, sobretudo, porque não é difícil ser e fazer alguém feliz, desde que se queira, porque um mimo, um carinho, uma festa, não custa dinheiro e pode fazer toda a diferença.
Quanto aos 'porquês', nunca haverá resposta. Nenhuma delas é válida para justificar estas situações.
Beijinhos
.....
Não sei rsponder.
Sei que pode ser assim. Não gosto.
Um beijo
Feliz ano de 2009 para ti amiga e que ele te traga o que mais desejas principalmente saúde, amor e alegria.
Bjs grandes deste amigo,
Nuno de Sousa
Tens toda a razão. É vergonhoso o modo como ceras pessoas tratam os familiares idosos e os doentes...revoltante.
Já não basta o sofrimento das pessoas por estarem doentes e ainda or cima serem abandonados por aqueles que mais amam.
Um beijinho para ti.
Um problema que acredito que pode ser resolvido com o passar dos anos e com a conscientalização das criançase dos jovens.
Passa pelo meu Reflexões Exteriores. Recebeste alguma coisa por lá... :)
Tiago
deveria ser proibido por decreto-lei que essas situações existissem e digo por decreto porque acho desumano que se deixe alguem que já teve uma vida possivelmente boa e hoje foi votada ao abandono, mas todos corremos esse risco e não é humano.
HAPPY NEW YEAR FOR YOU!
BEIJO
ISABEL
É uma pergunta sem resposta possível, que me deixa sempre com um enorme nó no coração. A minha avó morreu com cancro com 93 anos e um dos últimos Natais dela foi no hospital. Eu, a minha mãe, as minhas tias e a minha sogra não passámos a tarde do dia 25 com o resto da família, estivemos com ela até nos porem fora do hospital, eram 10 da noite. E só não passámos o dia todo porque os meus filhos tinham 8 anos, tinham o pai com a mesma doença e achámos que iria ser demasiado duro para eles. Percebes porque é que não consigo encontrar resposta, não é verdade?
"A cada dia de nossa vida, aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Que o novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma bênção de Deus".
" UM FELIZ ANO DE 2009 "
tal e qual!!!!
beijocasss
vovó Maria
Existe um nítido relaxe, que tem vindo a crescer a olhos vistos em relação aos valores familiares e o abandono é infelizmente uma das muitas consequências.
Nesta altura acentua-se e custa muito mais essa realidade.
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