- Alguns empresários e patrões mostram-se alheios à realidade do país. A desistência por parte de dirigentes de bancos das compensações anuais, num momento em que o governo precisa avançar com ajudas financeiras deveria ser um exemplo de responsabilidade - continuou.
- Se já possuem 10 milhões de dólares e precisam colocar no desemprego funcionários, o mínimo que podem fazer é dizer "estou pronto para fazer sacrifícios eu também, porque reconheço que há pessoas que estão em pior situação e passam por um período muito mais difícil", disse ainda Obama.
O presidente eleito também reprovou com severidade os dirigentes dos três grandes grupos automóveis norte-americanos, por se terem deslocado a Washington em aviões particulares para pedir dinheiro ao Congresso, para evitar a falência das suas empresas.
Pensei a princípio que eles estivessem talvez surdos ao que se passa nos Estados Unidos, declarou Obama. É um problema crónico, não apenas na indústria automóvel (...) (mas) entre os líderes da indústria em geral, considerou. Quando pessoas recebem centenas de milhões de dólares de bónus em Wall Street e arriscam o dinheiro dos outros, isso mostra que não têm nenhuma ideia de como vivem os americanos comuns. E, (...) quando os fabricantes de automóveis (americanos) recebem salários mais elevados do que os colegas (asiáticos) da Toyota ou Honda, e perdem, no entanto, muito mais rapidamente que os construtores japoneses, significa que não vêem nada do que acontece.
Em 1963, também em Novembro, declarações do género, nas quais também se falava de desigualdades sociais, de pobres e de muito ricos, levou um Vice-Presidente à Presidência.
Notinha: Este post foi descaradamente inspirado no do meu vizinho Jotabê, com a devida autorização.