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24 March 2009

CAMELOT


Houve uma época na minha adolescência em que como não podia ir à Lua, me mudei para Camelot.
Quando o meu pai me ofereceu o livro "Os Cavaleiros da Távola Redonda", não podia imaginar o que ia acontecer comigo a partir do momento em que começasse a folhear aquelas páginas. Num passe de mágica digno de Merlin, fui transportada para aquele mundo de magia, lindas donzelas, homens valentes, capas e espadas, cavalheirismos, aventuras, defesas de fracos e oprimidos e, principalmente, Sir Lancelot... Ah! Sir Lancelot...
Tentem imaginar uma adolescente, em idade influenciável, à procura de seu primeiro amor, mesmo que imaginário, desejando gentilezas, encontrando essa personagem maravilhosa, gentil e encantada! Foi amor a primeira vista. Daqueles "eternos" que só os adolescentes sentem.
Não queria largar mais o livro. Queria viver naquele mundo. Queria ser Morgana, Guinevere, Lancelot. Queria poder levar o seu estandarte e polir a sua espada. Queria segui-lo nas suas batalhas e brindar às suas vitórias. Foi difícil e doloroso sair de lá. Foi difícil não ter um assento na Távola Redonda.
Anos depois voltei a Camelot através de "As Brumas de Avalon".
Dessa vez a viagem foi mais intensa, pois pude conhecer a visão feminina do livro anterior. E lá estava Sir Lancelot na minha vida novamente... E Morgana não me pareceu tão má, nem Guinevere tão apaixonada. Mas aí eu já era adulta e já havia passado por algumas desilusões e o meu encantamento dormia no fundo do lago junto a Excalibur.
Atravessar as brumas entre o real e o irreal era mais fácil.
Era só abrir ou fechar o livro.

23 January 2009

OS LIVROS DA MINHA INFÂNCIA



A Filoxera, sabendo que sou dada a Desafios, pediu-me que falasse sobre os livros da minha infância.

A relação que hoje tenho com os livros começou pela mão da minha avó Francisca, que quando eu tinha cerca de 4 anos começou a ensinar-me que um B com um A faz BA.
Foi assim e com muita paciência e amor.
A minha outra avó, casada com um inglês que desempenhava um cargo diplomático em Boston, (confusos?) enviava-me livros infantis cujas personagens na altura eram desconhecidos por cá e pelas quais me apaixonei. Paixão essa que ainda hoje dura.
Foi assim que descobri o Winnie-the-Pooh, o ursinho Rupert, o Noddy e as encantadoras de Beatrix Potter.



Pelos sete ou oito anos embrenhei-me nas Aventuras dos 5 e comecei a sonhar com túneis e passagens secretas. Como não os tinha na realidade, substitui-os pelos sótãos, que ainda hoje fazem as minhas delícias.



Na preparação para a 2ª Comunhão e Crisma comecei a ler a minha 1ª Bíblia. Era um livro lindo, com mais ilustrações do que texto, fazendo lembrar iluminuras. Fiquei muito assustada com o Antigo Testamento mas adorei o Novo. Ainda hoje leio este, de vez em quando.
Os contos de Pérrault, de Hans Christian Andersen e dos Irmãos Grimm faziam parte não só da biblioteca lá de casa como do repertório de histórias que a minha avó me contava, pelo que, mais do que lê-los, redescobri-os depois de me serem contados.
Mais ou menos por essa altura fui apresentada a José Mauro de Vasconcelos e depois de O Meu Pé de Laranja Lima e de Rosinha Minha Canoa li todos de seguida. Foi com muita ternura que os vi depois serem lidos pelos meus filhos mas continuam na minha estante para consulta intermitente.
Pelo meio e até hoje, ficaram os livros " de quadradinhos", os Tintins e a Mafaldinha.
Depois disso, e já na fase da pré adolescência vieram As Mulherzinhas e uma colecção que li de fio a pavio, de uma autora francesa, Berthe Bernage, cuja heroína se chamava Brigitte.


O Livro da Selva e o seu Mogli, O Príncipezinho e o Tom Sawyer também não faltaram à chamada, mas esses não são da infância. São para sempre.




E foram estas as bases que fizeram com que os livros sejam algo de essencial na minha vida.
Só ainda não descobri do que gosto mais: se de livros, se de ler.
Mas isso será tema de um próximo post.


E, dado que isto era um Desafio, há que passá-lo.
Os livrinhos vão então para

A Lenib

A Maria

A Miepee

A Patti

A Si

A Vekiki

13 October 2007

Para o Luís

A propósito de livros que marcaram a nossa infância e adolescência mencionou-se José Régio e o seu Cântico Negro. Nunca o ouvi tão bem dito como por Maria Bethânia.
Aqui fica para o Luís e para todos os que gostem.
Enjoy.

15 September 2007

O SEGREDO


O ano passado nos Estados Unidos não se falava noutra coisa,hoje é um best-seller em todo o Mundo, e em Portugal, onde chegou há alguns meses, está quase sempre esgotado. Portanto, de segredo tem pouco.
Falo de um livro de Rhonda Byrne chamado "O Segredo" e que resumindo, nos ensina que, de facto, "querer é poder".
Muitos povos com os seus ditados populares, alguns escritores e cientistas e até, pelo menos uma religião, defendem este princípio, embora não o expliquem de uma forma tão detalhada.
Tudo se baseia na Lei da Atracção.Assim, basta que nos concentremos nos nossos objectivos( dinheiro, amor, saúde, felicidade, etc,) para conseguir alcançá-los.
Os brasileiros, um povo maravilhoso que tem tão pouco ( na generalidade )para ser feliz, é-o,e acha que para isso basta pensar " positivo".
A Lei da Atracção baseia-se numa lei da natureza que defende que atraímos para perto de nós aquilo em que pensamos.Seja bom ou mau, porque ela não consegue filtrar os pensamentos. Para os defensores desta teoria, os pensamentos são magnéticos e têm uma frequência, portanto, se queremos mudar alguma coisa na nossa vida, a 1ª coisa a fazer é mudar de frequência, alterando os nossos pensamentos. Segundo a escritora Lisa Nichols,a Lei da Atracção é obediente, ou seja, devolve-nos, materializados, os nossos pensamentos.
A Lei da Atracção recebe os pensamentos e reflecte-os como um espelho. Por isso atraímos o que tememos, aquilo de que nos queixamos, o que agradecemos,o que desejamos, enfim, aquilo que é o foco da nossa atenção.
Se é assim porquê que as pessoas não têm tudo o que querem? Porque pensam errado. O filósofo e escritor Bob Procter afirma que a maioria das pessoas não vai atrás daquilo que realmente quer na vida. Fica-se por aquilo que acha que consegue alcançar.
Martin Luther King disse uma vez:-Para subir uma escada só precisamos de ver o degrau que se segue. Não é necessário ver a escada toda.
E o melhor disto é que não é preciso acreditar, basta pensar bem.
Por exemplo:
Se queremos chegar a um sítio a horas, devemos pensar:- Tenho que chegar a horas. E, a maior parte das vezes pensamos:- Não posso chegar atrasado.
Ou seja, a ideia é pensar sempre pela positiva.
Claro que isso não é fácil, por isso o livro ensina-nos que há 3 fases:
Pedir,
Pensar positivo e afastar os pensamentos negativos(ódio, raiva, inveja), e
Receber.
O mais difícil é pensar bem. E como conseguir isso? Através da meditação e do hábito.
Os cientistas afirmam que temos cerca de 60 mil pensamentos por dia. Portanto vamos ter que os seleccionar, e isso consegue-se com 10 minutos diários de meditação. Há muitas formas de meditar, mas por exemplo, no Budismo, os budistas são incentivados a disciplinar o pensamento, recorrendo à meditação. E isto tem que ser feito diariamente.
Ao longo dos tempos,filósofos e cientistas,sempre defenderam a força e o poder da mente. Esta é no fundo, a teoria Universal do Pensamento Positivo. O ódio, a raiva, a inveja e a violência geram comportamentos negativos. Se estiver bem consigo, com os outros e tentar fazer todos os dias, o melhor que pode e sabe, um dia, vai ter o que sempre quis.
Se nos habituarmos a pensar positivo geramos mecanismos de defesa que nos ajudam a dar respostas positivas mesmo a acontecimentos desagradáveis.Até que um dia, alcançamos o que realmente queremos.
Pela parte que me toca, comecei a achar que sou "poderosa e gostosa" e uma das minhas canções favoritas é " What comes around goes around", embora o verdadeiro ditado americano diga: WHAT GOES AROUND; COMES AROUND".