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17 September 2008

MAMMA MIA




Cartaz do Musical na Broadway



Quando há 5 anos atrás vi que estava em cartaz na Broadway um musical chamado "Mamma Mia" baseado nas músicas dos Abba, fiquei muito desconfiada.
Mas o sucesso era tão grande e as críticas tão boas que não resisti e fui ver.
Adorei.
Além da história muito divertida, das interpretações magistrais e naturalmente das músicas todas conhecidas, o que tornou o espectáculo inesquecível foi o facto de, quase que desde o início todos os espectadores terem começado a cantar em coro com os artistas, e a certa altura estávamos todos em pé a cantar e a dançar.
O filme só podia ser ainda melhor, dado que usou recursos impossíveis no teatro, desde logo o facto de as filmagens terem sido numa maravilhosa ilha grega.
Como bónus ainda nos dão Merryl Streep a cantar, o que prova a maravilhosa artista que é, e o senhor Pierce Brosnan que como sabemos é uma festa para os olhos.
Depois, há a música.
Aproveitando o escurinho do cinema, é difícil não trautear canções como, " Super Trouper", "Dancing Queen" ou " I have a dream".
Aliás, bom mesmo era que seguissem o exemplo dos americanos, e distribuíssem as letras das canções à entrada.


Para quem andar de humor baixo astral, recomendo vivamente: não há tristeza que resista.

2 October 2007

SOLARIS - A LOVE STORY


Não gosto de filmes de ficção científica.
Não os vejo, portanto.
Adoro cinema mas os filmes têm que ter a ver com a realidade da vida: com as emoções, os medos, as interrogações, os dramas com que somos confrontados todos os dias. Realidade e ficção são conceitos antagónicos.
Por isso, de ficção não científica, devoro todos os James Bond que vejo com o mesmo prazer lúdico com que vejo desenhos animados.
Há 2 noites fui atacada por uma insónia o que me levou a ligar a televisão, aparelho de que não sou muito fã.
E o que vejo no écran?
O homem considerado mais sexy do Mundo, George Cloony, nú.
É verdade.Nú e em plena cena de amor.
Sentei-me na beirinha da cama olhando hipnotizada para o écran.
Passado um tempo, apercebi-me que estava reclinada nas almofadas, absolutamente focada no filme.
Não o tinha visto quando passou nos cinemas por ser anunciado como de ficção científica.
Mas nada mais errado. Aquilo que vi foi uma história de amor invulgar, obssessiva e soberba.
Solaris é um remake do filme soviético de 1972 com o mesmo nome, baseado no livro do autor polaco Stanislaw Lem.
Steven Soderbergh fez em 2002 uma nova adaptação do livro e um novo Solaris.
É um filme misterioso, perturbador, forte e lindo.
Solaris é um golpe de génio de Soderbergh.
Desde o princípio que não é um filme acerca de máquinas ou monstros.
É um drama psicológico acerca do amor e da morte. Da realidade e do sonho.
É uma assustadora obra de arte e seguramente um dos mais belos filmes que já vi.
Independente das questões que nos coloca acerca da vida e da morte, as 2 perguntas mais importantes do filme, pelo menos na minha interpretação são:
- Tendo perdido, por morte, alguém que amávamos com loucura, estaríamos nós dispostos a recuperar a presença dessa pessoa, igualzinha à outra fisicamente, com as mesmas emoções, os mesmos hábitos, a mesma forma de estar, embora sabendo que ela é um clone, ou uma criação corporizada pelo nosso desejo, a nossa dor e as memórias que temos dela ou mesmo, um ser de outro planeta que tomou a sua forma?
- Faria diferença para nós que esse encontro fosse na Terra, vindo ela ter connosco, ou aceitaríamos partir para o desconhecido para não a perder?
E por fim o corolário do filme: A morte não tem como vencer o Amor, nos versos lindíssimos de Dylan Thomas tiradas do Poema And Death Shall Have No Dominion:
And death shall have no dominion.
Dead mean naked they shall be one
With the man in the wind and the west moon;
When their bones are picked clean and the clean bones gone,
They shall have stars at elbow and foot;
Though they go mad they shall be sane,
Though they sink through the sea they shall rise again;
Though lovers be lost love shall not;
And death shall have no dominion.