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23 November 2009

VOANDO


Queria de novo abrir as asas e voar... voar nem que fosse em sonho... Deixar-me guiar pela brisa que vem de um mar imenso onde a minha alma vagueia, iluminada nas noites de luar pelo brilho das estrelas.
Voar...soltar as amarras que me prendem neste mundo que não me pertence e que me magoa com o tempo que não passa, horas paradas num relógio coração, que bate descompassado em busca do ritmo certo.
Voar...no pensamento de quem um dia me prendeu e fez descobrir que o sonho está misturado com a realidade, lá ao longe, onde o horizonte mistura o céu e o mar. Onde a vida se faz magia nas emoções partilhadas... Horizonte pintado de mil cores pelo sentimento, carinho e ternura. Cores quentes de um Verão que nunca acaba...
Voar de novo, estender as asas no infinito do céu... E quando de novo deixar de voar, que as minhas asas sejam feitas para abraçar e assim encontrar as cores do arco-íris, não num sonho sem fim, mas numa doce realidade!

1 July 2009

QUERO


Eu quero um quarto com porta
para o infinito
do lado de fora,
atapetado
de flores e relva,
de crianças e risos
e MAR.
Agora.

23 April 2009

*...


Maravilha-me a pele, aquece-me os pés, acalma-me os olhos
Faz-me cócegas no coração, acalenta-me os nervos, afaga-me a alma
Rouba-me os versos, paralisa-me os verbos, cala-me os medos
Faz-me vestir de flores, vê-me pintar os lábios, tira-me os receios
Resolve-me mulher, acende-me a pele, rasga-me a carne
Adivinha-me exausta, vela-me o sonho, enternece-me criança
Amanhece-me os sentidos, rouba-me a preguiça, faz-me café
Mata-me de rir, trata-me os caprichos, concede-me as vontades
Faz-me o bem, faz-me melhor, faz-me falta.

17 December 2008

DECISÕES


6 December 2008

SONHANDO


Sonhar é o que nos mantém vivos...
Não me importo de ser uma sonhadora. Mas anseio por realizar cada um dos meus sonhos.
Enquanto isso, eu continuo sonhando...
Porque às vezes a vida tem surpresas.

27 August 2008

QUAL QUERIAS?




"Se houvesse sonhos para vender, que sonho comprarias? "
Thomas L. Beddoes

12 August 2008

AMOR AOS PEDAÇOS




Todos os dias morre um amor.
Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a discussões vexaminosas capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos.
Morre numa cama de hotel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos.
Morre da mais completa e letal inanição.
Todos os dias morre um amor.
Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro.
Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais doloroso do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida ensina-nos sempre alguma coisa.
E esta é a lição: amores morrem.
Todos os dias um amor é assassinado.
Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a força do escárnio, a metralhadora da traição.
A caixa com os presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo o crime deixa evidências.
Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem esconder-se debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam a sua culpa em altos brados e fazem de penico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime e buscam novas vítimas em salas de chat ou pistas de discotecas, sem dor ou remorso. Os mais perigosos aproveitam a sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de quiosques de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo para o mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.
Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.
Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão.
Estes não querem ser sacrificados e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos e definharão até se tornarem laranjas chupadas.
Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso de quando ela era novinha e ele um Elvis Presley da fase havaiana.
Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só da cintura pra baixo não é amor).
Existem, por fim, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, dos almoços de família ao domingo, das cuecas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos.
Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência. Alguns chamam-nos de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas.
É por um amor assim que espero!

28 June 2008

NOITE DE AMOR


A moldura mais bonita para a lua
é a janela da madrugada
nas noites estreladas
de Verão,
quando amanhece turquesa,
e a gente adormece coberta
de beijos despetalados
brincando só de bem-querer

Um avião rasgou a manhã alto,
muito alto,
Entre brancas linhas de gelo
o rastro ficou para trás
para sempre,
e foi-se diluindo em tanto céu
azul, azul, azul...

Foi bom demais de olhar
os sonhos estratosféricos
no céu da minha boca.
O vento alargando o sorriso
doce, muito doce,
dos meus lábios,
doce, muito doce,
de beijar.

Eu podia até voar.

16 June 2008

FALANDO SOBRE NADA


Hoje vim falar sobre nada, só pelo exercício de falar.
Tenho escrito pouco, falado menos ainda; logo eu, sempre cheia de palavras, sento-me em frente do computador e elas faltam-me, só porque preciso que elas venham.
Tenho um livro em curso, nada mal, melhor que parado.
Às vezes mudo o que tenho para escrever, nem que seja para cortar muitos parágrafos, mas também nada bom, porque ele precisa ficar cada vez maior, até virar um capítulo inteiro, e dois, e três, até que se siga uma conclusão, até... até... até o fim da história, que não tem fim, porque o livro nunca estará bom o suficiente, nunca estará pronto, mas terá sido terminado quando eu não quiser ou precisar fazer nele mais nenhuma revisão.
E pensar quantos e quantos passaram e passarão por isso, esse processo de parir uma dissertação... espero um dia ser capaz de parir um romance, já plantei uma árvore e já tive dois filhos e pronto, irei beneficiar o mundo com uma herança.
Ufff! é um suspiro, porque acabou e é só.
Por hoje é só, pe-pees-soal.

12 June 2008

NÃO MATEM AS JOANINHAS


Hoje disfarcei-me de bolinha de sabão e fui voar.
Voei, voei, voei... Não era uma bolinha de sabão qualquer: eu não estava cheia de ar, mas sim de esperança e alegria!
Mas mal levantei voo fiquei com medo.
E se aparecesse um miúdo mau que me quisesse rebentar?
Disfarcei-me de joaninha...e tudo correu bem!