31 March 2009

INDIFERENÇA


Passeando pela blogostera, que não pelo "meu bairro", mas pelo bairro de algumas vizinhas, deparei-me com algo que me podia ter deixado feliz. Eu merecia essa satisfação.
Mas tudo o que senti foi indiferença.
A mesma de que fala Martha Medeiros:
- Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Óscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus actos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência.
Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência.
Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos.
A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Não dá nem para sentir o doce gostinho da vingança. É tão bom ser bem formada!- Digo eu.

30 March 2009

( 1 ) POR ESSE MUNDO FORA...MEMORIES

CUBA Fotografia minha
Muitas vezes me tenho interrogado porque razão estou sempre pronta para partir.
Partir para viajar. Tinha 16 anos quando saí do País sozinha, mas antes disso já tinha feito várias viagens com os meus pais.
Desde aí, nunca mais parei e sou uma privilegiada por conhecer tantos e tão diferentes países e gentes.
Quem viaja muito sabe que acontecem coisas, umas boas, outras menos boas e às vezes até aventuras.
Acho que poderia escrever um livro com tudo o que vi e senti, mas como isto de escrever um livro não é para qualquer um, por isso, fico-me aqui pelo meu blog.
E mesmo assim, porque uma certa vizinha passa a vida a seringar-me para que o faça. Não sei se aquilo que irei contando terá grande interesse para quem não esteve lá, mas vale a intenção.
Vou começar por Cuba, apenas por um acaso. A vizinha Si fez um post há 2 dias, que me recordou um episódio muito divertido que me aconteceu em Cuba.
Esta não era a abordagem que tinha em mente quando pensei escrever sobre Cuba, mas calhou assim.
Porque Cuba tem tanto que se lhe diga, tem tanto para ver, pode ser vista com olhares tão diferentes, que uma dezena de posts bem longos não dariam para contar tudo o que vivenciei das duas vezes que lá fui.
Disse sempre que queria ir a Cuba com Fidel no poder e a Macau ainda sob administração portuguesa.Tive a sorte de conseguir ambas as coisas.
Mas, para os menos avisados, digo já que quem se meteu no avião em Lisboa e foi directo para Varadero, não pode dizer que foi a Cuba.
Quem não tiver ido a Cienfuegos,Trinidad, Santiago de Cuba e, naturalmente a Havana, ou almoçar a casa de uma família cubana, não sabe o que é Cuba.
Cuba é muito mais que os resorts e as praias maravilhosas. Ou melhor, Cuba não é Varadero, embora lá também me tenham acontecido coisas muito engraçadas.
Por hoje vou só contar esse tal episódio que o post da Si me recordou.
Nessa altura, eu e duas amigas, formávamos um grupinho a que os nossos maridos chamavam "As Lolas", sendo que uma era a "loira",( eu ) outra a "preta" por ser morena e a outra a " mais ou menos" por nem ser uma coisa nem outra.
Ainda hoje nos tratam assim.
Entre os vários passeios que se podem fazer, um deles é ir de catamaran a Cayo Coco ou de teco teco a Cayo Largo.
Como a "mais ou menos" se recusou a entrar no teco-teco fomos a Cayo Coco.
O Catamaran era enorme e lindo. Fomos recebidos com mojitos e Margaritas e aquela musiquinha que põe qualquer um a mexer.
A determinada altura um dos "marinheiros" informou-nos que embora estivéssemos na época em que era proibido apanhar lagostas, ele ia mergulhar e ver se encontrava algumas para o nosso almoço.
E assim foi. O catamaran ficou balançando docemente nas àguas quentes e transparentes, enquanto o intrépido mergulhador, sem máscara nem oxigénio nem nenhum acessório a não ser as mãos, se atirou para dentro de àgua à procura de uma lagostinha.
Ficámos suspensos do que iria acontecer, quando de repente ele aparece com uma enorme lagosta que atirou para dentro do catamaran, enquanto mergulhava de novo. Claro que a pobre da lagosta andava de um lado para ou outro, enquanto nós nos refugiávamos na rede onde ela não poderia chegar.
Minutos depois, lá aparece o mergulhador com nova lagosta e novo mergulho.
A certa altura já havia tantas lagostas como pessoas, e a risota era geral, porque parecia que as bichinhas tinham sido lá colocadas previamente para o nosso almoço.
Ficámos sempre com essa dúvida, que preferimos não aprofundar.
Depois do fantástico almoço, da caminhadas na praia deserta da ilha, com areia fininha e branca, iniciámos o passeio de volta.
Foi aí que 5 músicos que até aí não tínhamos visto, apareceram e começaram a tocar quase todos conhecemos e amamos: desde Rumba Azul e Maria La-Ô ao eterno "Hasta Siempre" e ao delicioso Beso Discreto.
Claro que nos desafiaram a dançar e iam-nos ensinando os passos.
Foi então que aconteceu uma coisa que me iria perseguir durante toda a estadia em Cuba:
A letra de Beso Discreto, tem uma parte no estribilho que diz assim:
Para besar-te asi, mi amor,
asi,
asi,
asi
Um dos músicos, novo e bem parecido, enquanto cantava o Beso Discreto, de cada vez que chegava a esta parte, pregava-me um sonoro beijo num ombro, primeiro perante o meu espanto, e depois perante o riso geral.
Resultado: durante o resto da viagem e ainda hoje, as minhas amigas, a propósito de nada, me dizem com um ar malandro:
O que tu queres é um Beso Asi, Asi, Asi.

Nota: a fotografia retrata o momento da apanha da 1ª lagosta...

29 March 2009

( 30 ) NÃO RESISTI



Ela passou o primeiro dia empacotando todos os seus pertences em caixas, caixotes e malas.
No segundo dia, ela chamou os homens da transportadora que levaram a mudança.
No terceiro dia, ela se sentou pela última vez na bela mesa da sala de jantar, à luz de velas, pôs uma música suave e se deliciou com uns camarões, um pote de caviar e um garrafa de Chardonnay.
Quando terminou, foi a cada um dos aposentos e colocou alguns pedaços de casca de camarão besuntadas com caviar nas cavidades dos varões das cortinas.
Depois limpou a cozinha e se foi.
Quando o marido retornou com a nova namorada, tudo estava um brinco nos primeiros dias.
Depois, pouco a pouco, a casa começou a feder.
Eles tentaram de tudo: limpando, lavando e arejando a casa..
Todas as aberturas de ventilação foram verificadas à procura de possíveis ratos mortos e os tapetes foram limpos com vapor.
Desodorizantes de ar e ambiente foram pendurados em todos os lugares.
A empresa de combate a insectos foi chamada para colocar gás em todos os encanamentos durante alguns dias, durante os quais tiverem de sair da casa, e no fim ainda tiveram de pagar para substituir o caríssimo tapete persa.
Nada funcionou.
Os amigos pararam de visitá-los.
Os funcionários das empresas de consertos se recusavam a trabalhar na casa.
A empregada demitiu-se.
Finalmente, eles não suportaram mais o fedor e decidiram mudar-se.
Um mês depois, apesar de terem reduzido o valor da casa em 50%, não conseguiram um comprador para a casa fedorenta.
A notícia espalhou-se e nem mesmo corretores de imóveis locais retornavam as ligações.
Finalmente, tiveram de fazer um grande empréstimo no banco para comprar uma casa nova.
A ex-esposa ligou para o marido e perguntou como andavam as coisas.
Ele contou-lhe o martírio da casa podre.
Ela escutou pacientemente e disse que sentia muitas saudades da casa antiga e que estaria disposta a reduzir a parte que lhe caberia do acordo de separação dos bens em troca pela casa.
Sabendo que a ex-mulher não tinha ideia de como estava o fedor, ele concordou com um preço que era cerca de 10% do que valeria a casa.
Mas só, se ela assinasse os papéis naquele dia mesmo.
Ela concordou e em menos de uma hora, os advogados deles entregavam os documentos.
Uma semana depois, o homem e sua namorada assistiam, com um sorriso malicioso, os homens da mudança empacotando tudo para levar para a sua nova casa...
incluindo os varões das cortinas...

28 March 2009

PORQUE É FIM-DE-SEMANA

MySpace-Comments

When Charles deGaulle decided to retire from public life, the British ambassador and his wife threw a gala dinner party in his honor.
At the dinner table, the Ambassador's wife was talking with Madame deGaulle:
-Your husband has been such a prominent public figure, such a presence on the French and international scene for so many years! How quiet retirement will seem in comparison. What are you most looking forward to in these retirement years?"

"A penis," replied Madame de Gaulle.

A huge hush fell over the table.

Everyone heard her answer... and no one knew what to say next.

Le Grand Charles leaned over to his wife and said: "Ma cherie, I believe ze English pronounce zat word,"Appiness!"

27 March 2009

BRINCANDO DE MÃE


Conduzia hoje o meu carro quando vi cair da janela do laranja que ia à minha frente, uma boneca.
Assustei-me porque de repente pensei que fosse um bébé. Na verdade, hoje em dia, já poucas coisas me admiram.
Respirei de alívio quando vi que era uma boneca, mas senti uma tristeza estranha quando o laranja passou, eu passei, os outros carros passaram, e a boneca ali ficou, caída e abandonada.
A vontade que tive foi de parar o carro, apanhá-la mesmo já suja , alcançar o autocarro e devolver a filha querida aos braços daquela pequena mãe que estaria em prantos, desesperada.
Mas não sou nenhuma super- mulher com super poderes para conseguir fazer isso tudo num piscar de olhos.
Se fosse com uma filha minha teria suplicado ao condutor que parasse o autocarro para a ir apanhar.
Mas nada disso aconteceu.
Fiquei então a pensar como estaria a pequena mãe? O seu pequeno coração já teria experimentado outras perdas ou essa seria a primeira de muitas?
Uma outra mãe estaria ao seu lado consolando-a, ou seria um pai a dizer que já havia repetido mil vezes para não colocar a boneca na janela?
Como responder que estavam a divertir-se as duas e que ela queria apenas mostrar o mundo à sua pequena filha?
Estaria a pequena mãe imaginando a sua filha, só de fraldas, braços e olhos abertos, atirada numa berma da estrada?
Dá-me uma raiva ver crianças a sofrer.
Mesmo que seja por perderem a sua boneca favorita.

26 March 2009

QUERO SER UMA CIGARRA


A palavra de ordem deveria ser essa: calma. Para ser franca, tenho várias palavras de ordem na cabeça, porém encabeçando a lista fica eleita "calma".
É o que me tenho dito e me dizem: cada coisa a seu tempo. Mas o mundo empurra-nos.. Empurra? Não. Lança-nos como uns projécteis. Vocês e eu estamos inseridos num turbilhão frenético de emoções, sensações, acções, consumo, ideias. Tudo num fluxo violento e descontrolado.
Como diria Lenine: até quando o corpo pede um pouco mais de calma...
Temos que aprender a ouvir o nosso corpo e a nossa mente, porque chegará um momento em que ambos dirão:-Pare ou morra! (O "morra" serve para dar mais ênfase, mas não está ausente de todo o seu significado literal)
Não é este o ritmo que quero.
Quero o ritmo das nuvens mergulhadas no azul de um vasto céu, lentas e rodopiantes sem pretensões ou destino certo.
O ritmo das ondas do mar que vêm beijar a areia, recolhe-se o mar numa respiração profunda, beija-a outra vez, novo fôlego, paciente, namorando a praia ao longo do tempo que não existe.
O ritmo do coração adormecido no sono dos bébés amados ao colo de suas mães.
Há momentos em que a vida pede que sejamos mais cigarras e menos formigas. Momentos para sentir a respiração leve e solta, e o bater de um coração manso.

Nota: Porque um pai esqueceu seu filho

24 March 2009

CAMELOT


Houve uma época na minha adolescência em que como não podia ir à Lua, me mudei para Camelot.
Quando o meu pai me ofereceu o livro "Os Cavaleiros da Távola Redonda", não podia imaginar o que ia acontecer comigo a partir do momento em que começasse a folhear aquelas páginas. Num passe de mágica digno de Merlin, fui transportada para aquele mundo de magia, lindas donzelas, homens valentes, capas e espadas, cavalheirismos, aventuras, defesas de fracos e oprimidos e, principalmente, Sir Lancelot... Ah! Sir Lancelot...
Tentem imaginar uma adolescente, em idade influenciável, à procura de seu primeiro amor, mesmo que imaginário, desejando gentilezas, encontrando essa personagem maravilhosa, gentil e encantada! Foi amor a primeira vista. Daqueles "eternos" que só os adolescentes sentem.
Não queria largar mais o livro. Queria viver naquele mundo. Queria ser Morgana, Guinevere, Lancelot. Queria poder levar o seu estandarte e polir a sua espada. Queria segui-lo nas suas batalhas e brindar às suas vitórias. Foi difícil e doloroso sair de lá. Foi difícil não ter um assento na Távola Redonda.
Anos depois voltei a Camelot através de "As Brumas de Avalon".
Dessa vez a viagem foi mais intensa, pois pude conhecer a visão feminina do livro anterior. E lá estava Sir Lancelot na minha vida novamente... E Morgana não me pareceu tão má, nem Guinevere tão apaixonada. Mas aí eu já era adulta e já havia passado por algumas desilusões e o meu encantamento dormia no fundo do lago junto a Excalibur.
Atravessar as brumas entre o real e o irreal era mais fácil.
Era só abrir ou fechar o livro.

READER OU FEED?

Durante estes dias em que estive fora do ar não deixei de ler tudo o que os vizinhos iam escrevendo.

Só que fi-lo sempre pela porta da frente. Eu já explico...
Por mero acaso, uma blogger amiga, deu uma entrevista num blog onde esta questão era abordada.
Mas que questão?
Vou explicar começando pelo facto de entrar pela porta da frente.
Quando comecei o meu blog tinha muito poucos blogs para visitar. Era assim tipo monte alentejano: Um aqui, outro além, outro que se via bem à distância. E visitava-os clikando num blogroll, agora considerado jurássico.
Mas que tinha uma vantagem: entrava directa no blog a visitar, via todo o layout, o que estava na lateral, as fotografias expostas, citações, prémios, ouvia a musiquinha, enfim, parecendo que não, esses pormenores dão-nos a conhecer um pouco mais da pessoa que escreve.
Com o aumento dos links ( alguns que visito nem estão linkados na lateral) e com a ajuda de uma vizinha que tem uma relação especial com o tio Google, descobri o Reader.
A partir daí, passei a entrar sempre pelas traseiras. Digamos que a coisa se profissionalizou.: apanho o elevador no hall e vou directa ao andar onde saio.
Ainda assim, havia e ainda há alguns URL que não entram no Reader pelo que tenho que os visitar sempre através do meu blog.
Nestes dias, como não comentava, dei-me ao luxo de entrar em casa dos vizinhos através do blog e confesso que me deu muito mais prazer.
Na tal entrevista de que falei acima, essa pergunta é feita:
Feed ou Reader?
E a resposta foi : Feed.
É facto que o resultado não é muito diferente. A diferença é que no Reader temos as actualizações todas juntas, e no Feed recebemos o aviso através de mail, o que tem como resultado que se escolhermos o Feed ficamos com caixa cheia de mails.
Assim sendo, dos dois prefiro o Reader.
Mas gostar, gostar, se pudesse, o que escolhia era fazer como fiz nestes últimos dias: entrar pela cancela, ver os jardins, os gatos e os cães da vizinhança, as crianças a chegar da escola, sentir o cheiro dos bolinhos acabados de sair do forno e sentar-me calmamente, à conversa, discutindo as últimas novidades.
E vocês?

23 March 2009

DIZEM QUE CHEGOU A PRIMAVERA...


Vindo da Suécia mas feito por uma brasileira, agora mais do que amiga virtual, chegou-me este layout cheio de cor, com birds and bees, lembrando-me que chegou a Primavera.
Isso e outros chamamentos de amigos do bairro, levaram-me a tentar plantar umas flores neste jardim que tem estado abandonado.
Não sei se elas vão florir nem se tenho sementes que cheguem.
Alguns regaram de chuva de abraços e flores-de-cheiro de amizade os canteiros.
A jardineira tem instruções para cuidar deles.
Se vai conseguir ou não, os próximos dias o dirão.

14 March 2009

WWW.AMIGOS.COM


Faz hoje 20 anos que um tal de Tim Berners-Lee inventou uma coisa que pôs num documento que permite coisas que nunca lhe passaram pela cabeça.
Quer dizer, não foi bem hoje, foi ontem, ou melhor, foi hoje, porque escrevo ainda na sexta-feira 13, mas vocês vão ler já no sábado.
Mas isso, como diria a outra, agora também não interessa nada.
O que interessa é que sem ele eu não conheceria a Sofia que a primeira vez que me comentou resolveu dar-me na cabeça porque eu a tratava por você, nem uma certa kuska que um dia me entrou pela casa dentro e me deixou um comentário tão bom, mas tão bom que me levou a ir contra as regras do meu blog, que são não aceitar comentários anónimos nem de blogs fechados nos quais eu não tenho entrada, ( ela depois veio explicar, com a delicadeza que lhe conhecemos que não tinha blog, e aquilo era só um subterfúgio para poder comentar três blogs de que gostava muito), nem uma certa Maria que eu pensava que era dona de uma ilha, e é, mas de amizade que tem para dar com o seu enorme coração, nem uma pintora e poetisa que é uma mulher e uma amiga muito especial, ou mesmo uma fada que põe magia em tudo o que faz.
Como poderia eu descobrir amigos no Brasil, a Grace e o Oliver, na Holanda a Miepee, em Dusseldorf a Ematejoca, nos Açores a Sunshine, na linha a Vekiki e malucos que me fazem rir como o Rafeiro ou o Tretoso?
Não teria Salvo-Conduto para respirar Ares de leitura muito especial, nem poderia passear por um Rochedo especial ali para os lados do Guincho.
E com toda a certeza não comentaria um gato que tem uma dona muito especial, nem uma Donagata que escreve livros.
Não teria um amigo que já bebeu champagne em minha honra numa cobertura em Nova Iorque, nem falaria que nem uma maluca com uma àrvore ( sim, só os malucos falam com as àrvores) que passa a vida a lamentar-se por viver onde eu queria morar ( Dá Deus as nozes a quem não tem dentes).
Enfim, sem querer esquecer ninguém, sem esse tal génio eu não teria ligações de Afectos, embora diferentes, com todos os linkados no meu blog.
Mais: não teria um blog. E sem blog, não tinha prémios, porque não jogo futebol, não escrevo livros, não corro na Fórmula Um, enfim, sou só uma mulher que uns imaginam de uma forma, outros de outra, que uns visitam de vez em quando, outros todos os dias, que uns comentam só porque gostam do que escrevo, outros porque sabe-se lá porquê, se cria sem razão aparente uma empatia que nos faz apetecer muito conhecer-nos.
E para comemorar o tal aniversário que permitiu juntar-nos todos, cá estou eu a agradecer mais prémios que me ofereceram e a distribui-los como mandam as regras.



Da ANAMAR recebi o Beautiful Blogger Award.


Da Ematejoca recebi estes todos por aí abaixo.









Da Miepee



O Samuel ofereceu este a quem gasta as solas dos sapatos a visitá-lo...




E o António com a sua habitual gentileza deu-me este





Vem a parte mais difícil que é distribuir tudo isto. E vou abrir uma pequena excepção:

O prémio ESTE BLOG TEM PÉS PARA ANDAR vai para todos os linkados. Se não achasse isso, não os tinha lá. Façam favor de o levantar.




O Prémio BEAUTIFUL BLOGGER AWARD vai para:

Ematejoca

Escrito a Quente

Fa

Miepeee Koud

Kakau

Patti

Pitanga

Si

Um Quarto de Fadas

Vekiki




O Prémio AMIGOS INFONAUTAS, aterra nos seguintes bloggers:

Anamar

Conhecimento

Em Banho Maria

Leonor

Paula Crespo

Pedro Oliveira

Peter Pan

Rafeiro Perfumado

Samuel

Sagitário

Su


O Prémio BLOG CRISTAL vai brilhar para

Anamar

Donagata

Maria

Fa

Grace

Infinito Pessoal

Oliver

Patti

Si


O Prémio CARMIM pela beleza das imagens que escolhem para ilustrar os seus posts, vai para:

Maria

Fa

Infinito Pessoal

Kakau

Patti

Si

Um Quarto de Fadas


O Prémio ESTE BLOG INVESTE NA PROXIMIDADE é oferecido

Conhecimento

Em Banho Maria

Forum Cidadania

Girafa Cor-de-Rosa

Gata 2000

Tretas da Vida

Sunshine



O Prémio SOMOS MULHERES BEM RESOLVIDAS vai para todas AS BLOGGERS linkadas. Nem poderia ser de outra forma. Não conheço praticamente nenhuma. Só o que leio. E todas, mesmo com as dificuldades que se lhes deparam me parecem ter resolvido que se vão resolver. De uma maneira ou de outra.


O Prémio FRIENDS vai para

Crónicas do Rochedo

De Dentro para Fora

DonaGata

Em Banho Maria

Escrito a Quente

Fa

Forum Cidadania

Maria

O Meu Sofá Amarelo

Patti

Salvo-Conduto

Samuel

Sunshine

Tretas da Vida



O Prémio MELHORES DE 2008 é para

BC

Fa

Grace

Infinito Pessoal

Maria

Oliver

Patti

Rafeiro Perfumado

Samuel

Salvo-Conduto

Si

Um Quarto de Fadas


O Prémio Blog Mágico

BC

Escrito a Quente

Fa

Kakau

Maria

Patti

Si

Sunshine

Um Quarto de Fadas

Vekiki


ESSE BLOG ME FAZ SORRIR

Crónicas do Rochedo

De Dentro para Fora

Em Banho Maria

Gata 2000

Miepeee Koud

Rafeiro Perfumado

Tretas da Vida


E por fim, ESTE BLOG É 7 ESTRELAS

Ematejoca

De Dentro Para Fora

Donagata

Escrito a Quente

Fa

Infinito Pessoal

Justine

Kakau

Maria

Miepeee Koud

Patti

Si

Vekiki

Um Quarto de Fadas



E agora que tenho uma pálida ideia do que o maravilhoso, fantástico, inesquecível, etc, etc, etc, Hugh Jackman sofreu na noite dos Óscares, mais uma vez, Thanks Mr. Berners-Lee and...




Recados Animados

13 March 2009

NOS ENQUANTOS DA VIDA


Sem caneta, sem papel, sem computador. Estes são os verdadeiros posts, porque há sempre começo, meio e fim.
Há moral da história e isso significa que cheguei a algumas conclusões. As minhas pequenas verdades que formam um bloco pessoal e intransferível de elementos diversos. Os pensamentos, as mastigações mentais, os questionamentos, as saudades, as alegrias, tudo espalhado nos meus enquantos.
Enquanto ainda não é a hora. Enquanto as pessoas atrasadas não chegam. Enquanto não há peso nem lamentação por às vezes não me socializar apesar de gostar muito de pessoas. Enquanto faço panquecas e me apaixono ouvindo ao longe Katie Malua. Enquanto me estico sentada num banco de jardim cheio de árvores grandes e, debaixo dos óculos avermelhados, olho para cima vendo uns desenhos de céu entre as frestas que alguns galhos deixam. Enquanto me aqueço sob este inesperado sol, enquanto sinto o vento no rosto, enquanto o meu cabelo esvoaça sem que isso me importe. Enquanto esvazio a cabeça gritando New York New York. Enquanto me concentro no barulho do riso ao pular bem alto na cama elástica do circo, enquanto me alongo vestida com roupas desbotadas no chão do teatro. Enquanto o semáforo não fica verde, enquanto o velhinho atravessa a rua, enquanto as crianças riem.
Enquanto dura um abraço de um luto que durou dois anos a fazer.
Enquanto a vida, por poucos minutos, respira.

12 March 2009

NÃO ABUSE, QUERIDA


Seja bem-vinda, querida, fique à vontade.
Se quiser descansar, é só esticar a rede, ou se quiser balançar mais forte, tem a cadeira de baloiço ali.
Pode escolher a música, ver tv com o pé no sofá ou ligar a internet.
Pode entrar sem fazer cerimónia, faça favor.
Só não pode ficar muitos mais dias, porque aí ninguém aguenta.
Nem eu que aprendi a conviver consigo, minha crise querida.

11 March 2009

...............

Desenho de Maria Eugénia

O que faço com a minha mente,
que por natureza já é muito sonhadora?
Sou o que me consome ou aquilo que consumo?
Estou cheia de indagações na primeira mente.
A segunda mente,
responde-me sensações.
E a minha mente,
mente.

8 March 2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

De Picasso

Há cidades cor de pérola onde as mulheres
existem velozmente. Onde
às vezes param, e são morosas
por dentro. Há cidades absolutas,
trabalhadas interiormente pelo pensamento
das mulheres.
Lugares límpidos e depois nocturnos,
vistos ao alto como um fogo antigo,
ou como um fogo juvenil.
Vistos fixamente abaixados nas águas
celestes.
Há lugares de um esplendor virgem,
com mulheres puras cujas mãos
estremecem. Mulheres que imaginam
num supremo silêncio, elevando-se
sobre as pancadas da minha arte interior.

Há cidades esquecidas pelas semanas fora.
Emoções onde vivo sem orelhas
nem dedos. Onde consumo
uma amizade bárbara. Um amor
levitante. Zona
que se refere aos meus dons desconhecidos.
Há fervorosas e leves cidades sob os arcos
pensadores. Para que algumas mulheres
sejam cândidas. Para que alguém
bata em mim no alto da noite e me diga
o terror de semanas desaparecidas.
Eu durmo no ar dessas cidades femininas
cujos espinhos e sangues me inspiram
o fundo da vida.
Nelas queimo o mês que me pertence.
o minha loucura, escada
sobre escada.

Mulheres que eu amo com um des-
espero fulminante, a quem beijo os pés
supostos entre pensamento e movimento.
Cujo nome belo e sufocante digo com terror,
com alegria. Em que toco levemente
Imente a boca brutal.
Há mulheres que colocam cidades doces
e formidáveis no espaço, dentro
de ténues pérolas.
Que racham a luz de alto a baixo
e criam uma insondável ilusão.

Dentro de minha idade, desde
a treva, de crime em crime - espero
a felicidade de loucas delicadas
mulheres.
Uma cidade voltada para dentro
do génio, aberta como uma boca
em cima do som.
Com estrelas secas.
Parada.

Subo as mulheres aos degraus.
Seus pedregulhos perante Deus.
É a vida futura tocando o sangue
de um amargo delírio.
Olho de cima a beleza genial
de sua cabeça
ardente: - E as altas cidades desenvolvem-se
no meu pensamento quente.

Herberto Helder

Nota: Pelo dia de hoje, o Luis Galego, um querido amigo que tem um dos melhores blogs que leio, ( Infinito Pessoal), enviou-me este poema e esta imagem.
Em agradecimento a ele e lembrando todas as mulheres que por aqui passam para me ler, aqui ficam.

4 March 2009

PARTIU-SE POR FIM



Ajoelhada no chão da sala
tentei recolher os cacos,
mas o fino cristal
de tão puro, límpido
e muito usado
partiu-se em milhares de pedaços.

E tudo o que havia dentro dele
escorreu entre os tacos de madeira
e misturou-se com a poeira.
O que me restou fazer
foi recolher com a pá de plástico
e soprar o fino e delicado pó
Pela janela aberta.

Talvez assim,
solto no espaço
o meu coração de cristal
já nunca mais precise de ser colado
e nem sofra mais preso
a um peito que não sabe
protegê-lo da dor.

3 March 2009

FRIO


Faz um dia lindo lá fora
Sol brilhando e céu azul...
Quase perfeito
Não fosse o meu sol
Aquele que mora aqui dentro de mim
Que insiste em manter-se apagado.

2 March 2009

................


Pego a chávena
Aqueço a água
Fervo os nervos
Adiciono mel e rosas
Bebo as pétalas
Perfumo a alma!

1 March 2009

( 17 ) PORQUE É FIM-DE-SEMANA



Como sabem é raro pôr vídeos no blog. Mas por vezes, não resisto.
Percam 8 minutos e vejam como Walt Disney vê o Rio de Janeiro.
Juro que vale a pena.
Enjoy!