27 December 2007

SOBRE O FIM DE ANO



"FELIZ ANO NOVO” é uma expressão que já ouvimos várias vezes nos últimos dias, e é um cumprimento que vai ser dito e ouvido nas próximas semanas porque um novo ano vai começar. Mas o dia que hoje comemoramos como o Dia de Ano Novo, o 1º de Janeiro, nem sempre foi comemorado neste dia. O Ano Novo é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas as culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada "réveillon", termo oriundo do verbo réveiller, que em francês significa "despertar".
A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1º de Janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 A.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma voltada para frente e a outra para trás.


O ANO NOVO NA ANTIGUIDADE
A celebração do Ano Novo é a mais antiga celebração a nível de Festas. Aconteceu pela 1ª vez na Antiga Babilónia há cerca de 4000 anos.
Cerca de 2000 AC, o Ano Novo Babilónico começava com a 1ª Lua Nova depois do Equinócio de Inverno.
As celebrações do Ano Novo Babilónico duravam 11 dias, e cada dia era diferente. Qualquer comparação com os festejos de hoje, são uma pálida amostra, comparada com aquela.
Os Romanos continuaram a celebrar o Fim do Ano no fim de Março, mas como o seu calendário era mudado conforme a vontade dos Imperadores, rapidamente o calendário ficou dessincronizado com o sol.
Finalmente, no ano 46 A.C Júlio César mudou o começo do ano para o dia 1 de Janeiro e o calendário ficou conhecido como ano Juliano.


A OPINIÃO DA IGREJA CATÓLICA E O FIM DE ANO
A Igreja sempre considerou os festejos de fim-de-ano uma festa pagã, ao contrário do que acontece em alguns países, como no Brasil, onde há uma enorme vertente mística, sendo o verdadeiro fim de ano passado na praia e oferecendo a Iemenjá flores brancas. Iemanjá é Nossa Senhora na Umbanda, uma religião que nasceu da mistura entre a religião dos africanos e a católica. Na verdade, só há cerca de 400 anos, a Igreja aceitou o Fim de Ano, fazendo-o coincidir com a circuncisão de Jesus Cristo.
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ALGUMAS TRADIÇÕES DE ANO NOVO
Uma das tradições de Ano Novo é fazer uma lista das resoluções para o próximo ano. Remonta ao tempo da Babilónia, mas enquanto, hoje em dia, se pode encontrar entre elas, deixar de fumar ou fazer uma dieta de emagrecimento, na Babilónia, a mais comum era devolver os equipamentos de lavoura emprestados!
A tradição de representar o Ano Novo por um bébé começou na Grécia no ano 600ª.C.
Era costume celebrarem o Deus do vinho, Dionísio, passeando um bebé num cestinho, representando o renascimento daquele Deus, também símbolo de fertilidade.
A Igreja Católica teve que se vergar a essa tradição, e fê-lo aceitando que o bebé representa o Menino Jesus.


Em Nova Iorque a celebração mais famosa de Ano Novo é a de Times Square onde uma bola gigante começa a descer às 23 horas e 59 minutos até atingir o prédio em que está instalada, marcando exactamente zero horas (00:00:00).
No Rio de Janeiro a celebração mais famosa é a dos fogos de artifício em Copacabana. Milhares de cariocas e turistas juntam-se nas ruas à beira-mar e nas praias para assistirem ao interminável espectáculo, que começa pontualmente à meia-noite do novo ano.
Em São Paulo a Avenida Paulista é o palco de atracções e queima de fogos. Em 31 de Dezembro de 2006, a festa reuniu mais de dois milhões de pessoas.
Na Escócia há muitos costumes especiais associados ao Ano Novo, como a tradição de ser a primeira pessoa a pisar a propriedade do vizinho, conhecida como first-footing (primeira pegada). São também dados presentes simbólicos para desejar boa sorte, incluindo biscoitos ou bolos, tipo donuts, por serem redondos. Com isso, pretende-se representar a ideia do fechar de um círculo ( o ano que acaba e o que começa).
Em muitos países, as pessoas têm o costume de soltar fogos de artifício nas suas casas, como é o caso do Brasil, dos Países Baixos e de outros países europeus.
Em países de língua inglesa, cantar e/ou tocar a música Auld Lang Syne logo após a meia-noite, é uma tradição seguida ainda hoje.




7 nhận xét :

Olá!! said...

Blue Velvet, nunca pensei que a data fosse tão "complicadinha"... O ano passado disseram-me (e eu crente) que ao soar da 12ª badalada devia saltar para o chão com o pé direito... felizmente estava em cima de uma cadeira, que por azar era instável, mas pontual porque só virou na altura certa... foi precisamente o pé direito que torci... é o que se chama uma entrada a "ganir"...
Este ano vou ser mais comedida, prometo...
Beijocas

João Cordeiro said...

O teu blog é mesmo um veludo azulado.
Adorei...


Beijo sonhador

Luís Galego said...

a Blue mais do que o Direito tem espirito de historiadora ou jornalista no sangue. Vale muito a pena atracar por aqui e ficar apetrechado culturalmente.

Capitão-Mor said...

No que diz respeito ao Brasil, acrescentaria o uso de roupas brancas, a entrega de flores a Iemanjá e um banho de mar...

*Um Momento* said...

Ena!!
Sempre a apreder!!!
E eu aqui cheinha de ccuriosidade e bem atenta:)))
Mas deixa
Só te digo a "frase" mágica daqui a uns dias:D
Bom post!!
Beijo Grande em ti:)))))

(*)

Oliver Pickwick said...

Depois da história do Natal, somos brindados agora com a do Ano Novo. Parabéns, Blue Velvet, por mais este oportuno e bem brilhante artigo.
E a propósito, feliz ano novo!

Maria said...

Aqui aprende-se sempre....
E como vai ser o teu fim de ano, blue?

Beijo em velvet