Um certo Professor " infectou" a net, lançou uma moda e pegou-nos uma doença, chamada Afectos.
Antes eu pensava em termos de Amizade, Amor, Ternura, Admiração e tantos outros sentimentos que, afinal podem englobar-se todos na palavra Afecto.
Complicadinhos como somos, nós portugueses, arranjámos um sem número de palavras para dizer que gostamos de alguém, mas verdade, verdadinha, quantos de nós já usámos a palavra Amo-te para expressarmos o nosso amor por alguém?
Eu, muito poucas, e no entanto, amo algumas pessoas. Claro que já usei a expressão, mas nunca dirigida a alguém e assumindo o profundo sentido que ela encerra.
Já os americanos e os ingleses são peritos em usar a expressão 'I love you'.
Usam-na por tudo e por nada. Despedem-se (no dia a dia, nas mensagens, nas cartas) com 'Love', 'Love you', 'I love you' e agora influenciados pela net e pelos Sms, Lovu e outras meiguices do género. Já os portugueses (e eu não sou excepção) reservam esta "mensagem" para pessoas e momentos muito especiais. E, curiosamente, essas pessoas especiais não incluem a nossa família mais chegada (pais, irmãos, avós...).
Na verdade, quando os habitantes dos países de língua ingles dizem I Love You, sabe-se o que querem dizer, dependendo do destinatário.
Enquanto pensava que ia fazer 2 posts sôbre os Afectos, dei comigo a pensar:
- Será que é mesmo como estou a dizer?
- Ou será que sou das únicas pessoas para quem a palavra Amor encerra mistérios que parece mais seguro não desvendar?
- Será que sou um caso raro ao sentir-me tão relutante em traduzir nesta palavrita tanta coisa que se sente, sem dizer?
Que tal responderem-me?
Que tal vai isso de afectos?
13 nhận xét :
Kida,
Pareces eu :))))
Porque será que é tão dificil demostrar e falar de algo tão natural.:)
Olha deixei algo natural no meu blog para ti e outras pessoas que amo e gosto :)))
Bjo de mim
Sou fã de afectos e dou graças a Deus por ser assim... E estou muito bem de afectos, felizmente...
Minha querida, acho bom que as palavras que encerram afectos, não sejam usadas para fins indevidos.
Haverá sempre um tempo e um espaço onde se contextualizem na perfeição.
Já pensaste bem a que ponto desceu o conceito de Amor nos dias de hoje?...
Odeio que se banalizem palavras...
Um beijinho
Pois eu digo AMO-TE sem sentir que banalizo a palavra.
Digo-o quando o sinto, única e exclusivamente a pessoas.
Se as pessoas sentem de facto afectos, não tem porque não os exprimir.
Não são muitas as pessoas a quem o digo, mas é com sentimento que o faço.
Beijo Blue
Utilizo o termo "amo-te" frequentemente, quando falo com os meus filhos.
Beijos.
Efectivamente, os americanos têm esse dom, banalizar tudo aquilo em que tocam, neste caso, que falam. Os americanos utilizam o termo ‘love’, referindo-se, quer ao desmesurado gosto que têm por exemplo, por um hamburger, quer pelo profundo sentimento de amor que sentem por alguém.
Os ingleses por exemplo, fazem ali uma distinçãozita no que toca ao sentimento por alguém, introduzem o ‘in’, tipo, ‘i´m truely in love…’, utilizada também para referir uma paixão
Também concordo que utilizamos pouco a palavra ‘amor’. E a razão é simples, porque somos honestos. Só nos referimos ao amor quando realmente o sentimos, e basta haver ali uma dúvida, já a palavra não nos sai tão amiúde, e se nos sai, já começa a perder um pouco o sentido
O amor para nós é compromisso, é coisa forte, não é palavra para se dizer à toa.
Mas tudo isto toma um certo cariz contraditório. Também pode ser visto e interpretado pelo lado inverso. Eu não estou a ver os meus filhos a perguntarem-me, “ó pai amas-me?”, mas perguntam-me muitas vezes, em especial após algum ralhete, se ‘gosto’ deles. Neste caso a banalização pode ser vista pelo lado contrário, o amor que sentimos pelos nossos filhos, inflacionado e a descer ao patamar inferior, ‘gostar’?
Até no seio destas novas gerações, as palavras de ordem, por ordem cronológica são, gostar, gostar bué, apaixonado, e bué d’apaixonado, que é o ultimo estágio imediatamente antes da perdição. Amor na adolescência ainda é perdição.
Cá para mim minha amiga, à tua questão não lhe podemos responder sem lhe adicionarmos igualmente uma ou outra qualquer questão, eu que não queria resonder com perguntas já ali deixei uma. Isto deve-se ao facto do amor e os afectos não serem objectivos e racionais
Ninguém objectivamente interrompe o que está a fazer tipo, “epa, esqueci-me de dar uma beijoca à minha mulher porque a amo muito ou ao meu filho porque o adoro, vou lá agora rapidinho que ainda tenho muita coisa para fazer”
Damos afectos e expressamos os nossos mais profundos sentimentos, porque a química cá dentro está estimulada, porque incompreensivelmente aquela pessoa não nos sai da cabeça, ou aquele olhar meigo da criança nos está gravado, incompreensivelmente..
Daniel Sampaio, acerca dos nossos filhos, dizia que seria mais importante trocar uma play station por afectos, assim como Júlio Machado Vaz referiu que mesmo que uma mulher seja presenteada com uma flor, não pode dar como garantido e objectivamente que o seu parceiro a ama na realidade, essa flor tem que obrigatoriamente vir ornada com um “amo-te”, mesmo que seja em tom baixo e tímido.
Os afectos sem dúvida, não tem nada que saber, são a feijoada do sentimento, já quando particularizamos..
:)
beijoca
Vai bem. Obrigado pelo interesse...
Abreijo
Não sei se foi um professor que lançou moda. eu sempre fui um ser de afectos. quer-me parecer que as culturas anglo-saxónicas usam e abusam das palavras, porque estas não são apenas neros vocábulos; encerram conceitos que envolvem emoções.
Um beijo
A linguagem dos Afectos é ampla e usada de mtase variadas formas.. palavras gestos olhares atitudes.... o ideal seria adivinhar o momento do outro e o que o faz + feliz... às vezes quando dizemos -"gosto mto de ti" ouvimos uma resposta do género- " e eu de ti" .... porque mtas vezes as pessoas evitam as palavras + carinhosas talvez por uma questão de timidez ou por tantos outros motivos que lhes são próprios... tema mto vasto....
Mas os afectos existem cada vez + e mais explicitos não tenho dúdida nenhuma... que a sociedade é mto + aberta embora um pouco + calculista...
beijinhos
pois! isto anda mal de afectos, mas vamos em frente...
aqui em Inglaterra, já me habituei ao love!hihhhi tens razão, nós aqui usamos e abusamos da palavra amor, "hi love", "how are you my love", ou ainda quando nos despedimos de alguém, seja quem for, "Bye love, love you loads"
Love you too, my love!
kiss kiss ;)
É uma questão de tradição do nosso povo, o não falar nem demonstrar afectos.
Eu sou de afectos, gosto de dizer que amo, a todos os meus amores e tenho tantos...
Beijinhos afectuosos :)
Ora muito bem!!!!
Penso que este "post" me é dirigido...
Penso ser eu o "certo Professor"...
Sinceramente, "blue", ainda não tinha passado por aqui e, como tal, ainda não tinha detectado este "des a fio", tão só e apenas porque tenho andado nas duas últimas semanas com demasiado trabalho!!!!
É o facto de, pelo menos de forma aparente, se estar na moda, se é que isso realmente existe e, como tal, as solicitações serem muitas e a vontade de as satisfazer ainda maior.
Mas isso sou eu e as minhas circunstâncias e as pessoas disso não têm culpa.
Afectos?!
SIM!
SEMPRE!
CADA VEZ MAIS!
De forma orgulhosa, assumida, vaidosa mesmo.
Dizendo Amo-te, sempre que apetece, com devoção, com a noção da realidade e dos condicionalismos, mas de forma assumida!
Gosto de idzer "Amo-te" e tenho orgulho em fazê-lo, especificamente numa sociedade qe parece, cada vez mais, ter medo do peso da palavra "Amo-te!" e andar cada vez com menos vontade de ter tempo para o fazer.
E assim, inventam-se afazeres, muita das vezes para esconder um deserto afectivo e, outras tantas, como forma de negar o medo da vinculação afectiva.
Não é por acaso que o tema do meu programa de televisão de hoje é precisamente "O medo do peso dos Afectos!"
Agora que já me expliquei e comentei, espero estar perdoado e ter voltado a merecer cetins!!!
Beijito
Ainda não se desmoderou??????
Que seca!!!!!!!!!
:P
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