Cara Blue Velvet, venho-lhe responder ao seu comentário, e igualmente agradecer-lhe a visita
“tal pai tal filho”, como refere, é precisamente esse o sentido do meu post, apesar de parecer que as crianças são as principais visadas.
Efectivamente, e contrariando a sua ressalva, as crianças são efectivamente o melhor do mundo e em todas as idades com ou sem inocência, as outras, são no fundo o resultado dos défices dos seus pais, qualquer coisa ali entre o protótipo falhado e uma cópia pueril dos exemplos que as rodeiam.
Ainda há uns dias atrás falava com o meu filho mais velho com 12 anos, acerca da ânsia descontrolada que ele e os colegas da sua idade têm em deixar a infância para trás, que é muito mais saudável viver esta fase da sua vida ‘saboreando’, e dando valor, ao imenso privilégio que tem, de estar a viver tudo pela primeira vez.
Lamento que a infância seja tão penosa para tantas crianças, lamento também que seja já tão aceitável afirmações como, “as crianças não são o melhor do mundo”.
Ainda em relação à inocência, e à ideia que transmite, permita-me que lhe conte uma história.
Há 12 anos atrás, alguns meses antes de ser pai, comecei quase instintivamente a reunir informações em relação a tudo o implicava esse estatuto. A pessoa que mais me ajudou, foi a minha irmã, enfermeira pediatra, com 25 anos de experiência, uma grande bagagem de conhecimentos em relação aos comportamentos dos bebés, em relação a todos os estudos nessa área, enfim, foi uma pessoa, e ainda é, muito importante nesse processo de aprendizagem.
Lembro-me perfeitamente de me ter dito a dada altura, que o meu filho iria colocar-me à prova, através da chantagem mais básica que tinha à sua disposição, o choro, logo ali pelos 3, 4 meses de idade. Era nessa altura que eu teria de começar a aplicar-lhe regras.
Digo-lhe sinceramente que me pareceu um grande exagero, acho que na altura até lhe chamei maluca, mas depois de alguns testes muito práticos que ela me sugeriu, tive de dar o braço a torcer. Parece ficção não parece? Diga-me lá, você que é mãe, quem é que você conhece com filhos, que em algum momento das suas vidas terá pensado em dar regras a um bebé de 4 meses.
Foi a partir dessa altura que tomei consciência que educar iria ser muito mais que impor a minha autoridade de pai, ter a sensibilidade de olhar e interpretar atitudes e sentimentos do meu filho, seria por um lado bem mais trabalhoso, mas por outro facilitava-me a vida quando tivesse de tomar uma qualquer decisão delicada. E a educação é um rol constante de decisões, muitas delas delicadas.
Ironicamente defendo no meu post o direito de se achar que as crianças não são efectivamente o melhor do mundo, mas na realidade o que digo é que há pais que não merecem ter filhos, e nem o facto de eles próprios serem o produto do que foram os seus pais justifica tudo, há heranças que podem muito bem ser recusadas. Sei do que falo, eu recusei a minha.
Desculpe lá a extensão do post como referiu no início do seu comentário, é um tema polémico, e eu também sou um bocado tagarela.
"CARPE DIEM"
Mulher, Mãe, Advogada.
Interessada em tudo o que acontece no Mundo.
Politicamente incorrecta, SEMPRE.
E, como diria Mário Quintana:
Aquilo que falam de mim, não me diz respeito!
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AMIGOS SÃO O MELHOR DO MUNDO
Blue Velvet Posso lá imaginar algo mais belo do que uma formosa mulher vestida da cor do céu, ao anoitecer, com o toque delicado do veludo, deixando seus ombros ebúrneos aparecer bem como o seu colo que, com pudor, aludo, iluminada por uns olhos brilhantes de fulgor? Donagata em 21-02-2009
fábula de veludo
momentos antes de imaginar um raio de sol sobre esse corpo soube o seu nome:
vi as letras esculpidas li na noite uma voz dediquei-lhe o silêncio
4 nhận xét :
Vim conhecer o teu mundo e adorei navegar no encanto do mesmo
Parabens
Bom fim-de-semana
Mais uns minutinhos e... foi hoje!!!
Beijinho
Hum...
saturday...
Outh...
Já não é:D
Beijo sorridente!
(*)
Cara Blue Velvet, venho-lhe responder ao seu comentário, e igualmente agradecer-lhe a visita
“tal pai tal filho”, como refere, é precisamente esse o sentido do meu post, apesar de parecer que as crianças são as principais visadas.
Efectivamente, e contrariando a sua ressalva, as crianças são efectivamente o melhor do mundo e em todas as idades com ou sem inocência, as outras, são no fundo o resultado dos défices dos seus pais, qualquer coisa ali entre o protótipo falhado e uma cópia pueril dos exemplos que as rodeiam.
Ainda há uns dias atrás falava com o meu filho mais velho com 12 anos, acerca da ânsia descontrolada que ele e os colegas da sua idade têm em deixar a infância para trás, que é muito mais saudável viver esta fase da sua vida ‘saboreando’, e dando valor, ao imenso privilégio que tem, de estar a viver tudo pela primeira vez.
Lamento que a infância seja tão penosa para tantas crianças, lamento também que seja já tão aceitável afirmações como, “as crianças não são o melhor do mundo”.
Ainda em relação à inocência, e à ideia que transmite, permita-me que lhe conte uma história.
Há 12 anos atrás, alguns meses antes de ser pai, comecei quase instintivamente a reunir informações em relação a tudo o implicava esse estatuto. A pessoa que mais me ajudou, foi a minha irmã, enfermeira pediatra, com 25 anos de experiência, uma grande bagagem de conhecimentos em relação aos comportamentos dos bebés, em relação a todos os estudos nessa área, enfim, foi uma pessoa, e ainda é, muito importante nesse processo de aprendizagem.
Lembro-me perfeitamente de me ter dito a dada altura, que o meu filho iria colocar-me à prova, através da chantagem mais básica que tinha à sua disposição, o choro, logo ali pelos 3, 4 meses de idade. Era nessa altura que eu teria de começar a aplicar-lhe regras.
Digo-lhe sinceramente que me pareceu um grande exagero, acho que na altura até lhe chamei maluca, mas depois de alguns testes muito práticos que ela me sugeriu, tive de dar o braço a torcer. Parece ficção não parece? Diga-me lá, você que é mãe, quem é que você conhece com filhos, que em algum momento das suas vidas terá pensado em dar regras a um bebé de 4 meses.
Foi a partir dessa altura que tomei consciência que educar iria ser muito mais que impor a minha autoridade de pai, ter a sensibilidade de olhar e interpretar atitudes e sentimentos do meu filho, seria por um lado bem mais trabalhoso, mas por outro facilitava-me a vida quando tivesse de tomar uma qualquer decisão delicada. E a educação é um rol constante de decisões, muitas delas delicadas.
Ironicamente defendo no meu post o direito de se achar que as crianças não são efectivamente o melhor do mundo, mas na realidade o que digo é que há pais que não merecem ter filhos, e nem o facto de eles próprios serem o produto do que foram os seus pais justifica tudo, há heranças que podem muito bem ser recusadas. Sei do que falo, eu recusei a minha.
Desculpe lá a extensão do post como referiu no início do seu comentário, é um tema polémico, e eu também sou um bocado tagarela.
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