O que é o Ciúme?
Uma doença?
Uma obsessão?
Uma prova de amor?
A outra face da posse?
Uma manifestação de falta de confiança?
A título de provocação, deixo uma citação de Madame de Stael...
" O ciúme pertence mais à vaidade do que ao amor..."
De acordo com a maioria dos psicólogos ciúme é "a reacção complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade".
Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas:
a pessoa que sente ciúmes - sujeito activo do ciúme
a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito passivo do ciúme
e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - pivot do ciúme.
Este sentimento é também marcado pelo medo, real ou irreal, de se perder o amor da pessoa amada.
Em minha opinião, o ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se numa obsessão.
O lado negativo: prejudica o amor
Às vezes sentimentos de ciúme podem atingir a irracionalidade. Por exemplo, quando um homem provoca uma cena embaraçosa numa festa porque a sua mulher aceita um convite para dançar com um velho amigo ou quando uma mulher é tomada de ciúmes excessivos pelo facto de o marido ter uma mulher como chefe no trabalho.
Este tipo de reacção pode afectar gravemente uma relação, levando o outro parceiro a sentir-se constantemente pisando em ovos para evitar uma crise de ciúme.
Ciúme e inveja
O ciúme está intimamente relacionado com a inveja.
CIÚME PATOLÓGICO
Em questões de ciúme, a linha divisória entre imaginação, fantasia, crença e certeza frequentemente torna-se vaga e imprecisa. No ciúme as dúvidas transformam - se em ideias super valorizadas ou francamente delirantes. Depois das ideias de ciúme, a pessoa é compelida à verificação compulsória das suas dúvidas. O(a) ciumento(a) verifica se a pessoa está onde e com quem disse que estaria, abre correspondências, ouve telefonemas, examina bolsos, bolsas, carteiras, recibos, roupas íntimas, segue o companheiro(a), contrata detectives particulares, etc. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal - estar da dúvida.
Entre absurdos e ridículos, há o caso de uma paciente portadora de Ciúme Patológico que marcava o pénis do marido assinando-o no início do dia com uma caneta e verificava a marca desse sinal no final do dia.
Mais absurda ainda é a história de outro paciente, com ciúme obsessivo, que chegava a examinar as fezes da namorada, procurando possíveis restos de bilhetes engolidos.
Eu própria conheci dois casos absurdos, mas desta vez de um homem:
Cheirava as cuecas da mulher ao fim do dia, pensando que assim descobriria se ela tinha estado com outro homem, e verificava beata por beata todos os cinzeiros de casa, para ter a certeza que mais ninguém lá tinha estado na sua ausência.
Quanto à Madame de Stael era uma conhecedora da natureza humana: disse numa frase, o que eu levei 2 folhas a dizer...
Uma doença?
Uma obsessão?
Uma prova de amor?
A outra face da posse?
Uma manifestação de falta de confiança?
A título de provocação, deixo uma citação de Madame de Stael...
" O ciúme pertence mais à vaidade do que ao amor..."
De acordo com a maioria dos psicólogos ciúme é "a reacção complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade".
Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas:
a pessoa que sente ciúmes - sujeito activo do ciúme
a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito passivo do ciúme
e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - pivot do ciúme.
Este sentimento é também marcado pelo medo, real ou irreal, de se perder o amor da pessoa amada.
Em minha opinião, o ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se numa obsessão.
E nesse caso, sim é uma doença.
A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo e que não resolvido entre os quatro e seis anos de idade, na idade adulta pode reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranóia.
Nesse tipo de paranóia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam a liberdade deste.
Os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem.
A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo e que não resolvido entre os quatro e seis anos de idade, na idade adulta pode reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranóia.
Nesse tipo de paranóia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam a liberdade deste.
Os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem.
O Ciúme pode ter um lado positivo: proteger o amor.
Nos relacionamentos onde os sentimentos de ciúme são moderados e ocasionais, ele lembra ao casal que um não deve considerar o outro como definitivamente conquistado. Pode encorajar casais a fazer com que se apreciem mutuamente e façam um esforço consciente para assegurar que o parceiro se sinta valorizado.
Nestes casos o ciúme potencializa as emoções, fazendo o amor sentir-se mais forte e o sexo mais apaixonado. Em doses pequenas e manejáveis, o ciúme pode ser um estímulo positivo num relacionamento.
Nos relacionamentos onde os sentimentos de ciúme são moderados e ocasionais, ele lembra ao casal que um não deve considerar o outro como definitivamente conquistado. Pode encorajar casais a fazer com que se apreciem mutuamente e façam um esforço consciente para assegurar que o parceiro se sinta valorizado.
Nestes casos o ciúme potencializa as emoções, fazendo o amor sentir-se mais forte e o sexo mais apaixonado. Em doses pequenas e manejáveis, o ciúme pode ser um estímulo positivo num relacionamento.
O lado negativo: prejudica o amor
Às vezes sentimentos de ciúme podem atingir a irracionalidade. Por exemplo, quando um homem provoca uma cena embaraçosa numa festa porque a sua mulher aceita um convite para dançar com um velho amigo ou quando uma mulher é tomada de ciúmes excessivos pelo facto de o marido ter uma mulher como chefe no trabalho.
Este tipo de reacção pode afectar gravemente uma relação, levando o outro parceiro a sentir-se constantemente pisando em ovos para evitar uma crise de ciúme.
Ciúme e inveja
O ciúme está intimamente relacionado com a inveja.
A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Mas ambas são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que outra pessoa tem. Quanto mais baixa for a auto-estima, mais propensa está a pessoa a sofrer com um dos dois sentimentos.
Outra diferença entre ambos reside no facto de o ciúme, quando ultrapassa certos limites, se transformar em patologia, coisa que não acontece com a inveja.
Ciúme e inveja desviam o foco de quem os sentem para os cuidados com a própria vida, tão preocupado fica com a vida de outra pessoa.
Outra diferença entre ambos reside no facto de o ciúme, quando ultrapassa certos limites, se transformar em patologia, coisa que não acontece com a inveja.
Ciúme e inveja desviam o foco de quem os sentem para os cuidados com a própria vida, tão preocupado fica com a vida de outra pessoa.
CIÚME PATOLÓGICO
Em questões de ciúme, a linha divisória entre imaginação, fantasia, crença e certeza frequentemente torna-se vaga e imprecisa. No ciúme as dúvidas transformam - se em ideias super valorizadas ou francamente delirantes. Depois das ideias de ciúme, a pessoa é compelida à verificação compulsória das suas dúvidas. O(a) ciumento(a) verifica se a pessoa está onde e com quem disse que estaria, abre correspondências, ouve telefonemas, examina bolsos, bolsas, carteiras, recibos, roupas íntimas, segue o companheiro(a), contrata detectives particulares, etc. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal - estar da dúvida.
Entre absurdos e ridículos, há o caso de uma paciente portadora de Ciúme Patológico que marcava o pénis do marido assinando-o no início do dia com uma caneta e verificava a marca desse sinal no final do dia.
Mais absurda ainda é a história de outro paciente, com ciúme obsessivo, que chegava a examinar as fezes da namorada, procurando possíveis restos de bilhetes engolidos.
Eu própria conheci dois casos absurdos, mas desta vez de um homem:
Cheirava as cuecas da mulher ao fim do dia, pensando que assim descobriria se ela tinha estado com outro homem, e verificava beata por beata todos os cinzeiros de casa, para ter a certeza que mais ninguém lá tinha estado na sua ausência.
Sendo que isto é a opinião de especialistas, aqui fica a minha:
Um pouquinho de ciúme apimenta a relação.
Em excesso, acaba com ela porque em última análise acaba com a liberdade do outro.
Em excesso é uma doença grave que pode levar até ao crime.
A causa que lhe está subjacente é, para mim, uma enorme falta de confiança no outro, e de auto estima do próprio.
Tenho um pouco de ciúme, gosto que tenham um pouco de mim, mas nada mais que isso.
Simplesmente não tenho paciência para aturar ciúmes ridículos, e não me permito ter ciúmes doentios de ninguém.
Sou muito pragmática nessas coisas:
1ºDeixo de gostar de quem não gosta de mim. Pode custar, mas consigo.
2º “There are plenty more fishes in the sea”
Um pouquinho de ciúme apimenta a relação.
Em excesso, acaba com ela porque em última análise acaba com a liberdade do outro.
Em excesso é uma doença grave que pode levar até ao crime.
A causa que lhe está subjacente é, para mim, uma enorme falta de confiança no outro, e de auto estima do próprio.
Tenho um pouco de ciúme, gosto que tenham um pouco de mim, mas nada mais que isso.
Simplesmente não tenho paciência para aturar ciúmes ridículos, e não me permito ter ciúmes doentios de ninguém.
Sou muito pragmática nessas coisas:
1ºDeixo de gostar de quem não gosta de mim. Pode custar, mas consigo.
2º “There are plenty more fishes in the sea”
Quanto à Madame de Stael era uma conhecedora da natureza humana: disse numa frase, o que eu levei 2 folhas a dizer...
Mas tinha outra de que também gosto: Nenhum homem sente ciúme por outro homem se interessar pela mulher amada. Sente pelo interesse dela em outro homem!
E tem outra de madame de Deshoulières "Um pouco de ciúme desperta um amor feliz que arrefece."( Claro que se for em Portugal, pode acabar em homicídio qualificado).
Desafio do Prof. Manuel Damas
5 nhận xét :
É sendo pouco é amor, muito é insegurança e geralmente com razão, demasiado é doença, nenhum é total falta de interesse... :)
Agora que somos bem diferentes deles até no ciúme, está aí a
prova!!! :))))
Bjo
Mimo-te
Ciúme... algo que a insegurança inventou para se justificar.
Algo que num momento tudo destrói.
Beijinhos
O seu texto, para advogada, está muito bom!
:))))))))))))))))))))))))))))))
O ciúme é muito, muito do que escreveste...
Exceto "Uma prova de amor?", acredito que é um pouco da cada uma das questões escritas no início do post.
Beijos!
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